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Barrichello diz que ainda pensa em ser campeão mundial

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Completando 300 GPs neste final de semana, o brasileiro Rubens Barrichello falou com a imprensa presente no circuito de Spa-Francorchamps antes do início dos trabalhos, com o primeiro treino livre nesta sexta-feira, às 5h, de Brasília. O piloto de 38 anos fez um pequeno balanço da sua carreira, afirmou que não se arrepende de nada e que ainda pensa em título.

"Tudo fez parte de me tornar uma pessoa melhor. Não ganhei o campeonato ainda, mas aprendi muito e melhorei o tempo inteiro. A razão de ainda estar trabalhando na Fórmula 1 com tanto prazer é porque ainda espero ser campeão mundial. As pessoas podem dizer que eu sou louco, mas ninguém diria em 2008 que eu alcançaria um pódio com a Honda", argumentou o vice-campeão de 2002 e 2004 que foi terceiro lugar no GP da Inglaterra em 2008.

Barrichello fez questão de ressaltar que não se arrepende nem dos seis anos que passou na Ferrari e não tem certeza se seria campeão caso os italianos não favorecessem o alemão Michael Schumacher.

"Nós nunca voltaremos àquele momento. Não tem como saber. Seria fácil dizer que sim, mas não mudaria nada e não me faria melhor. Ainda estou brigando por isso", avisou o piloto vencedor de 11 GPs de F-1. "As pessoas dizem: `você teve um momento ruim na Ferrari`, mas não tive, porque me diverti com todos. Obviamente quando percebi que não teria o mesmo tratamento, fui procurar outra coisa, mas mesmo naqueles anos o carro era melhor que todos os outros e tive a chance de vencer, apesar do Michael (Schumacher)".

Falando em Schumacher, Barrichello também deu seu pitaco sobre a atual forma do heptacampeão. "Quando ele tinha 30 anos, estava em boa forma. Fisicamente, eu estou melhor agora do que aos 18 anos, quando eu sentia muita dor nas costas. Talvez meu corpo já tenha se acostumado ao carro. Quando você para por três semanas o corpo já sente, imagine três anos", explicou.

Para terminar, Barrichello avisou que nunca esteve perto de parar de correr e que ainda não pensa nisso. "Eu sou honesto comigo mesmo, e digo que quando não sentir mais tanto prazer em fazer uma curva será o dia de parar. Sempre trabalhei para manter meu sonho vivo. O período mais difícil da minha carreira foi em 1996, quando não tinha contrato com a Jordan, mas firmei um bom acordo com a Stewart. Foi o único momento em que pensei em ir para a Fórmula Indy. Fora isso, eu estive na Fórmula 1 o tempo inteiro", concluiu.