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Audi Q3 - Jogando nas duas posições

Marca alemã faz pré-lançamento do crossover compacto, que terá opção de motorização mais acessível para encarar os rivais BMW X1 e Range Rover Evoque. Vendas em maio

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Os preços ainda não foram definidos, mas a versão de menor preço deverá custar cerca de R$ 150 mil

De São Paulo - Símbolos da ascensão econômica, os utilitários vivem um bom momento no mercado nacional, o que ajuda a explicar a onda de lançamentos. A Audi, que já concorria na lama com o médio Q5 e o grande Q7, fez o pré-lançamento do menor Q3. Baseado sobre a arquitetura PQ35, usada pelo Audi A3, a mesma do Volkswagen Golf europeu e do Tiguan, o Q3 vem com a missão de encarar dois rivais: o BMW X1, que marcou em 2011 vendas superiores a 400 unidades mensais, puxadas pela versão de entrada sDrive18i de R$ 120 mil – pré-IPI –, e o Range Rover Evoque, que chegou aos 600 carros vendidos em dezembro e custa a partir de R$ 164.900. A Audi ainda não definiu o preço do Q3, que começará a ser entregue aos clientes somente em maio, com pré-venda a partir de março, mas deu uma pista: o carro custará ligeiramente menos que o Evoque.

 

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Para conseguir jogar tanto num patamar quanto no outro – o Evoque chega aos R$ 230 mil –, a Audi decidiu oferecer o motor 2.0 TFSI de menor rendimento, que na versão de entrada Attraction tem 170cv de potência e 28,5kgfm de torque a 1.700rpm, sem abrir mão de turbo, intercooler ou injeção direta, mudando apenas o comando de válvulas. E acelera até os 100km/h em 7,8 segundos e atinge 212km/h. Esse é o carro que deve lutar na faixa dos R$ 150 mil. O Q3 Ambition joga acima com o mesmo motor, só que com 211cv e 30,5kgfm de torque, que o leva aos 100km/h em 6,9s e aos 230km/h. Ambos vêm equipados com câmbio automatizado de sete marchas e tração integral.

DESIGN Para peitar o estiloso Evoque, o Audi Q3 investe na cartilha de estilo da marca. Os faróis têm molduras em LEDs, mesmo padrão encontrado nas lanternas. As medidas são de sedã médio, com 4,38metros de comprimento, 1,83m de largura, 1,59m de altura e 2,60m de distância entre-eixos. O espaço também condiz, com capacidade para levar quatro adultos com conforto e uma criança. Já o porta-malas leva 460 litros. Tudo na medida para o asfalto, já que os ângulos de entrada, central e de saída são os piores da linha Q.



CONTATO Foi possível apenas dirigir o Q3 top. O motor e câmbio reforçam seus votos de casamento feliz, em que o torque disponível a partir de 1.800rpm é aproveitado plenamente pela caixa de mudanças rápidas e suaves. A direção com assistência elétrica responde com peso adequado em manobras e em velocidade. O carro conta com quatro ajustes de resposta: dinâmico, conforto, eficiência ou automático. No modo dinâmico, propulsor e caixa respondem de pronto e a direção e amortecedores ficam mais duros em nome da esportividade. Já no conforto, as irregularidades são mais bem digeridas, deixando o conjunto com rodas aro 18 e pneus 235/50 mais fluente com os buracos, enquanto as reações são mais graduais.

O modo eficiência é o pão-duro: em ladeiras de baixa inclinação, o câmbio é desacoplado, gerando o efeito de roda livre, como nos antepassados DKWs. O carro ainda conta com sistema que desliga o motor automaticamente em paradas e sistema de recuperação de energia, que acumula parte da energia das frenagens, mas durante o test-drive foram obtidos apenas 7km/l de média entre cidade e estrada. Enfim, tem-se a sensação de estar rodando em um sedã da Audi. Resta saber o preço do Q3 e de seus opcionais.

Medidas gerais são semelhantes às do Tiguan, carro que lhe deu origem, o que garante espaço adequado