É difícil mexer em um ícone, mas às vezes é necessário. Lançada em 2006, a segunda geração do Audi TT ganhou alguns ligeiros retoques em estilo para 2010, adiantado pelo Vrum no último dia 30 de março. As alterações no cupê e no conversível foram pequenas. O esportivo ganhou um estilo masculinizado por um novo para-choque dianteiro, com entradas de ar maiores e arestas pronunciadas. Os faróis passaram a contar com as distintas luzes diurnas, representadas por uma fileira de 12 LEDs na base do conjunto óptico. A grade em moldura única ganhou um acabamento em preto brilhante. Atrás as lanternas com blocos arredondados em LEDs foram retocadas, em conjunto com o para-choque traseiro com uma imitação de defletor. As mudanças aumentaram o comprimento em dois centímetros, para 4,18 metros. Internamente, as modificações também foram pontuais, com direito a detalhes em alumínio no volante e puxadores da porta em aço escovado.
Com atualizações tão tímidas, o destaque principal continua escondido sob o capô envolvente. Trata-se de um novo quatro cilindros 2.0 TFSI, que mantém a denominação do anterior, mas chega com um rendimento bem mais favorável. O propulsor gera 210 cv de potência contra 200 cv do anterior, um aumento aparentemente marginal, mas que é compensado largamente pelo torque de 35,6 kgfm contra 28,6 kgfm do antigo 2 litros. O novo propulsor também substituí o V6 3.2 que contava com mais potência, - 250 cv -, porém com os seus 32,6 kgfm ficava para trás em torque.
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Quando equipado com câmbio manual de seis marchas e tração dianteira, o 2.0 TFSI leva o TT de zero a 100 km/h em 6,1 segundos e à máxima de 245 km/h. Já com a caixa S-Tronic automatizada de dupla embreagem e seis marchas, que é vendida sempre em conjunto com a tração integral quattro, o cupê faz a mesma prova em 5,6 segundos. O esportivo é vendido no Brasil apenas nas versões 2.0 TSFI e TTS, ou seja, agora o modelo mais barato deve vir com tração quattro, indisponível para essa configuração até então. O motor também oferece bons índices de consumo, com uma média declarada de 15,1 km/l, e emissões, de apenas 154 g/km de CO2 (dióxido de carbono), baixa para um esportivo.
Foram mantidos os outros motores. Na Europa, a gama começa no TT 1.8 TFSI, com 160 cv e 25,4 kgfm, que já leva o carro de zero a 100 km/h em 7,2 s, com uma máxima de 226 km/h (versão cupê com câmbio manual). Há também um turbodiesel de 170 cv e 35,6 kgfm, que não deixa saudade dos motores a gasolina com uma aceleração divulgada de 7,5 s e 226 km/h.
As versões mais brabas também foram alteradas em estilo, mas mantiveram a louvada base mecânica. O TTS permanece com o 2.0 TFSI preparado para entregar 271 cv e 35,7 kgfm de torque, que o impulsiona da imobilidade aos 100 km/h em 5,2 segundos e só estabiliza aos 250 km/h limitados eletronicamente. O TT RS se vale de um motor 5 cilindros em linha com 2,5 litros, capaz de entregar 340 cv e 45,8 kgfm, que o empurra aos 100 km/h em apenas 4,4 segundos. Com um limitador eletrônico mais permissivo, o TT RS vai aos 280 km/h.
A marca das quatro argolas vai apresentar os modelos retocados amanhã no Auto Mobil International, AMI, motor show realizado na cidade alemã de Leipzig que vai até o dia 18. Mas não devem demorar a chegar por aqui.