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Audi A7 Sportback - Luxo para espantar a crise

Depois do reaquecimento dos mercados, a Audi finalmente apresenta o seu maior e exclusivo cupê de quatro portas, que traz o requinte do A8 em pacote mais arrojado

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Foto:

Cupê de quatro portas. A classificação, aparentemente contraditória

pelo número de portas, é sucesso no Mercedes-Benz CLS de 2005. Tão bem

que gerou uma onda crescente de seguidores e concorrentes. A Audi já

planejava um rival havia tempos, mas teve os seus planos resfriados

pela crise, que estava em alta na apresentação do conceito Sportback,

em janeiro de 2009, no abatido Salão de Detroit. Espantada a crise, a

marca revelou nesta semana a versão de produção do cupê, o A7

Sportback. Do conceito, ficou a traseira fastback, o ponto de

identidade do modelo, que faz tabela com as lanternas em LEDs, baixas e

encimadas por um spoiler integrado.

Original, a traseira combina

harmoniosamente com os vincos bem definidos dos ombros e com a linha

ascendente dos vidros. O capô longo e afilado faz a ponte com a

identidade da marca, mas sobressai com os faróis em LEDs opcionais. As

linhas arrojadas suavizam as dimensões do A7, expressas nos 4,97 metros

de comprimento e 1,91m de largura. No que também ajuda a altura

reduzida típica dos cupês: apenas 1,42m. A pretensa praticidade fica

clara na larga porta traseira, que dá acesso a um porta-malas de 535

litros, mais do que suficiente para os quatro passageiros.

FORMA E SUBSTÂNCIA

A Audi equipou o A7 Sportback apenas com motores V6. São duas opções a

gasolina, sendo que a versão de entrada conta com o V6 2.8 FSI aspirado

de 204cv e 28,5kgfm de torque, que leva o carro até os 100km/h em 8,3

segundos e à velocidade máxima de 235km/h. Equipado com compressor

volumétrico, o V6 3.0 TFSI gera 299cv e 40,8kgfm, que reduzem a corrida

aos 100 km/h para 5,6s, com máxima limitada a 250 km/h. Ambos estão

equipados com câmbio automático de sete marchas e tração integral

quattro. Há também a opção do 3.0 TDI turbodiesel dotado de duas faixas

de rendimento: 204cv e 40,7kgfm (45,8 kgfm com tração integral) e 244cv

e 50,9kgfm.

Para dar uma pegada mais firme e direta em altas

velocidades e economizar combustível, a direção é do tipo

eletromecânica, que só é assistida em manobras. A suspensão

independente nas quatro rodas pode ser suavizada pelo amortecimento a

ar opcional, de funcionamento adaptativo e altura ajustável. Os freios

são a disco nas quatro rodas, com ABS e EBD, que fazem tabela com os

controles de estabilidade e de tração. As rodas aro 18 com pneus 255/45

são de série, mas podem dar lugar a outras aro 19 ou 20.

BELEZA INTERIOR O

A7 Sportback foge da mesmice da marca alemã no interior, em que uma

linha horizontal circunda o painel e cria sensação de envoltura, o que

proporciona mais segurança, segundo a Audi, mas também de requinte,

graças à aplicação farta de madeira, como no Mercedes CLS. Tudo para

dar um ar de montagem artesanal, uma atmosfera dentro do que se espera

de um carro que parte de 51.650 euros na Europa, ou R$ 118 mil.

Do

A8 veio a interface digital MMI, que conta com um touchpad capaz, até

mesmo, de reconhecer as letras ou números escritos com o dedo do

usuário. E também o navegador, que usa imagens e tecnologia do Google

Earth e trabalha em conjunto com outros sistemas do carro, podendo

pré-adaptar algumas funções de acordo com o cenário. A tecnologia é

enriquecida pelo visor holográfico opcional. Entre os itens de série e

opcionais, o A7 conta ainda com porta traseira elétrica,

ar-condicionado digital com quatro zonas, iluminação interna por LEDs,

volante e bancos elétricos, sistema de som Bang&Olufsen de 15

alto-falantes e portas que se fecham eletricamente, além de airbags

frontais, laterais e do tipo cortina para proteção da cabeça.

Interior do A7 foge do comum na linha Audi e cria uma sensação de envoltura



Para

dificultar ainda mais a vida de alguém que busca um cupê de quatro

portas, a BMW confirmou que o novo Série 6 terá um representante neste

campo e o Mercedes CLS está prestes a ganhar uma nova geração. Triste é

quem tem que optar entre um Aston Martin Rapide, Porsche Panamera e

qualquer um dos outros modelos.