A morte ainda é encarada como um tabu na sociedade, embora seja o fim certo de todos. Mas é nessa hora que muitos apaixonados por carros querem mostrar sua admiração, de forma bem exótica, claro. Alguns exemplos demonstram como nem a morte separa o homem da máquina.
BMW NO CEMITÉRIO Fascinado por carros, um engenheiro britânico, morto aos 51 anos, teve seu desejo realizado um ano após sua morte. A família encomendou um BMW M3 cabriolet em tamanho real feito em granito para ornamentar o túmulo do engenheiro. A homenagem de 1 tonelada custou o equivalente a R$ 135 mil. A direção do cemitério Manor Park, em Londres, autorizou o projeto, que fica exposto elegantemente, como se estivesse em um salão do automóvel.
MOTOVELÓRIO Um jovem porto-riquenho, de 22 anos, teve uma cerimônia ainda mais criativa. Seu corpo foi velado sobre duas rodas. David Morales era entregador e havia ganho uma Honda CBR 600 F4 dias antes de ser morto a tiros. A funerária embalsamou o corpo de forma que ele ficasse firme durante o velório montado na motocicleta.
CAIXÃO COM RODAS De longe, é apenas uma versão menor de um hot rod, mas ao abrir o teto descobre-se que o veículo acomoda confortavelmente um defunto. O caixão em formato de carro é feito por uma empresa da Califórnia, nos Estados Unidos. Já um fabricante de caixões na Inglaterra resolveu inovar ao fazer as urnas em formatos irreverentes, como barcos e carros clássicos, como um calhambeque. De maneira ainda mais artesanal, uma funerária em Gana faz caixões em forma até mesmo de avião, além de carros e outros objetos como sapatos e garrafas.
PICAPE A SETE PALMOS Apaixonado por sua picape Chevrolet 1967, um fazendeiro manifestou o desejo de ser enterrado junto com ela. Mas não foi fácil ir desta para uma melhor a bordo de seu utilitário. Nenhum cemitério do estado americano da Virgínia aceitou enterrar o veículo, por isso, os dois foram sepultados na propriedade da família.
EXUMAÇÃO Enterrado como uma cápsula do tempo em 1957, em uma cidade de Oklahoma, nos Estados Unidos, o Plymouth Belvedere foi exumado 50 anos depois. Mesmo envolto de uma grossa capa de plástico para protegê-lo, a carroceria não resistiu às ações do tempo ao longo de meio século sepultado e para a surpresa dos moradores da cidade de Tulsa, o Belvedere estava bem enferrujado. O modelo foi enterrado com galões de 40 litros de gasolina no porta-malas, uma quantia de US$ 2,43 no porta-luvas, além de uma bolsa feminina com itens que na ocasião do enterro imaginava-se que fosse utilizada pela mulher do século 21, como batons. Até uma multa por estacionamento proibido foi colocado na bolsa.
A ÚLTIMA VIAGEM O raríssimo Cadillac Fleetwood Hearse 1974 faz parte da frota de um cemitério de Contagem, na Grande Belo Horizonte. Ficou conhecido após transladar o corpo do ex-vice-presidente da república, José de Alencar. O veículo foi importado do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, para o acervo do proprietário do cemitério, que também é colecionador de automóveis antigos. O assombroso carro funerário tem nada menos do que sete metros de comprimento, o motor é um 7.7 V8, de 360cv de potência. O modelo, usado também para transportar uma banda de jazz, foi fabricado nos Estados Unidos até o início da década de 1990. Por lá, existe até uma eletrizante corrida oficial de carros funerários.