Depois de lançar a Vemaguet e o Belcar, a Vemag S/A - Veículos e Máquinas Agrícolas resolveu investir na construção de um modelo mais robusto, que fosse útil ao período de crescimento pelo qual o Brasil passava. Nasceu assim, em 1958, o jipe Candango, derivado do Munga, que foi projetado em 1954 para o Exército alemão. Longe de ser um exemplo de design automotivo, o jipinho da Vemag chegou ao mercado brasileiro com tração nas quatro rodas e reduzida, tornando-se uma interessante opção para encarar as empoeiradas estradas do país. Mas o modelo deixou de ser produzido em 1964 por motivos não muito bem esclarecidos.
O jipe feito pela DKW-Vemag recebeu o nome de Candango em homenagem aos trabalhadores que construíram Brasília. Tinha dimensões menores do que as dos outros modelos da marca: 3,44m de comprimento, 1,70m de largura, 1,74m de altura e pesava 1.085kg. Suas formas retilíneas contrastavam com as belas linhas arredondadas de estilo europeu da Vemaguet e do Belcar, fazendo dele o mais desprovido de beleza da família. Era equipado com uma capota de lona e janelas de plástico de enrolar, mas a fábrica aceitava encomendas de cobertura feita de aço.
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As primeiras unidades produzidas tinham apenas uma lanterna traseira e eram equipadas com o pequeno motor tricilíndrico de dois tempos, de 900cm³, que desenvolvia 38cv, que logo foi substituído por um de 1.000cm³ de 50cv. A tração era permanente nas quatro rodas, com reduzida, que podia ser engatada com o veículo em movimento, e, apesar do motor fraco, o sistema garantia ao Candango bom desempenho em terrenos irregulares e escorregadios.
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Depois de 1960, a Vemag lançou o Candango com tração dianteira e quatro portas, pensando no uso do carro em ambiente mais urbano. Mas, apesar de seu apelo popular, o jipinho não foi bem recebido no mercado. A Vemag direcionou o modelo para o uso militar, mas as Forças Armadas Brasileiras também não demonstraram interesse. A campanha publicitária do jipinho tratava-o como o encurtador de distâncias em qualquer terreno e chamava a atenção para o eficiente sistema de tração e o "poderoso" motor de 1.000cm³.
Porém, a Vemag não atingiu o objetivo esperado e, em 1964, encerrou a produção do Candango. Alguns creditaram o fracasso do jipinho à não aceitação do mercado, resultando num fiasco de vendas. Outros afirmaram que, devido ao alto preço dos componentes importados da transmissão, o Candango deixou de ser competitivo diante de seu principal concorrente, o Jeep Willys. Não se sabe ao certo qual o total de unidades produzidas, pois uns garantem que foram 4.400 e outros dizem que foram 6.171. O certo é que o jipinho atualmente é uma raridade cobiçada por colecionadores de modelos nacionais.
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