UAI

Antigos do Brasil - O queridinho do Brasil

A mecânica simples e a robustez são características que fazem com que o Fusca seja considerado até hoje uma ótima opção entre os veículos de baixo custo

Publicidade
Foto:

Fila de Fuscas recém-produzidos saindo da fábrica Anchieta, em 1959

O Volkswagen Sedan, nome de batismo do Fusca, começou a ser montado no Brasil em 1950, por uma empresa chamada Brasmotor. Em 1953, a Volkswagen se estabeleceu por aqui e assumiu a montagem do carro. Mas o modelo só passou a ser fabricado, de fato, no país, em 1959. A motorização adotada foi a 1.2 litro de 30cv. No ano seguinte, as lendárias setas "bananinha" deixaram de ser usadas. E não estranhe se não encontrar o marcador de combustível em modelos anteriores a 1961, ano em que o carro também ganhou novas lanternas.

Em 1963, o Besouro recebeu lavadores automáticos do para-brisa. A água saía por uma peça cromada, apelidada de "brucutu", frequentemente furtada pelos jovens e transformada em anel. O teto solar era opcional em 1965. O equipamento não fez sucesso porque o veículo ficou sendo popularmente chamado de "Cornowagen". Houve até quem mandasse fechar o teto. Nesse mesmo ano foi lançado uma versão para lá de espartana que ficou conhecida como "pé de boi". Ambas as versões já não estariam à disposição no ano seguinte, o que tornou esses modelos, se originais, bem valorizados por colecionadores.

Veja mais do Volkswagen Fusca!

O motor 1.3 litro, de 38cv, chegou em 1967, mesmo ano em que foi adotado o sistema elétrico de 12 volts. Em 1970, o modelo ganhou mais fôlego com a opção do propulsor de 1.5 litro, de 44cv. O Fuscão, como ficou sendo chamado, tinha como opcional freios a disco nas rodas dianteiras. Por fora, recebeu leves retoques: lanternas e para-choques maiores e saídas de ar na tampa do motor. Por dentro, a principal mudança foi o acabamento do painel imitando madeira.

BESOURÃO

Quem esperava por um desempenho melhor foi atendido em 1974, com a chegada do propulsor 1.6 litro que, com dois carburadores, rendia 54cv. O modelo foi chamado de Besourão. Para ganhar mais esportividade, o capô traseiro trazia um adorno de plástico, rodas menores (aro 14) e mais largas, como se usava na época. O painel também ganhou novos instrumentos: volante esportivo, conta- giros e bancos anatômicos. Com exceção das novas rodas, o traje esportivo não foi oferecido no ano seguinte, mas o motor 1.6 de fato substituiu o 1.5.

FAFÁ

Uma versão mais bem acabada do motor 1.3, chamada 1.300 L, foi lançada em 1975. A principal mudança de 1978 foi no bocal do tanque, que passou do porta-malas para a lateral do veículo. Outra mudança, as novas lanternas adotadas em 1979, renderam mais um apelido para o Fusca. Por terem as lanternas maiores, os modelos 1.600 e 1.300 L eram chamados de Fafá (de Belém), mudança que depois seria aplicada em todas as versões. Em 1980, chegou o primeiro Fusca a álcool.

A versão 1.300GL , de 1982, estreou um painel mais moderno, feito em plástico e elementos retangulares. As novidades eram os desembaçadores traseiros, apoios de cabeça e uma borracha protetora no para-choque. Em 1983, só foram fabricados modelos 1.300. Já no ano seguinte, foi adotada apenas a nova motorização 1.600. Foi também em 1984 que o modelo passou a ser chamado oficialmente de Fusca pela VW.

1994: crash test frontal para atender à legislação brasileira de segurança veicular



OS FINS

Em 1986, o modelo deixou de ser fabricado, voltando ao mercado em 1993 por causa dos benefícios fiscais concedidos aos veículos classificados como populares. Sem alterações na carroceria e no motor, o modelo recebeu apenas algumas atualizações como cinto de três pontos de série, para-brisa laminado, pneus radiais e catalisador. Nessa geração, os para-choques eram pintados na cor do carro e o escapamento tinha saída simples. Mas em 1996, o modelo caiu de vez do telhado e não foi mais fabricado.

Leia as oito matérias da série Antigos do Brasil

Ford F-100 - Para o trabalho e o lazer.

Chevrolet Brasil/Amazona ? Linha diversificada.

DKW Candango - A vida curta de um batalhador.

Jeep Willys - Da batalha para o sertão.

DKW Belcar - Um sedã de belas formas.

VW Kombi - Heroína da resistência.

DKW F-91 - Simpática perua.

Romi-Isetta - Carro, moto ou geladeira?.