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Ações da GM caem ao seu menor nível em 66 anos

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(FolhaNews)

As ações das montadoras General Motors e Ford apresentam nesta quarta-feira fortes perdas devido à resistência política em relação ao pacote de ajuda financeira de US$ 25 bilhões para salvá-las.

As ações da GM recuam 15,65%, para US$ 2,61 - o valor mais baixo em 66 anos. Já os papéis da Ford perdem 23,21%, para US$ 1,29, o menor preço em 26 anos. Por sua vez, a Chrysler - que forma com as outras duas empresas o chamado "Big 3" de Detroit, berço da indústria automotiva americana - não possui ações em Bolsa.

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O preço em queda livre é causada pela declaração do presidente do Comitê de Bancos do Senado dos EUA, Christopher Dodd. Ele disse não acreditar que o Congresso chegará a um acordo sobre o pacote nesta semana.

"Estou ansioso para ver algo ocorrer", disse o parlamentar. "Mas, francamente, a idéia de que isso se transformará em projeto de lei, eu acho, é remota." Os principais executivos das montadoras passaram o segundo dia seguido no Congresso tentando convencer os parlamentares de que o pacote de ajuda é vital para que o setor automobilístico sobreviva à atual crise econômica do país.

O pacote suscita críticas, especialmente dos republicanos. Eles
questionam se as montadoras estão saudáveis o suficiente para que não quebrem mesmo com a ajuda - o que deixaria o contribuinte americano sem os recursos enviados para as empresas do setor.

Pechinchas
O setor automotivo é o segundo que formou "pechinchas" na Bolsa de Nova York. Empresas do ramo financeiro que quase quebraram mas sobreviveram também possuem atualmente ações com preços convidativos para aqueles que não acreditam na falência delas no curto prazo.

Os exemplos mais claros são da financiadora hipotecária Fannie Mae e da seguradora AIG, ambas salvas graças a aportes financeiros do governo americano.

Os papéis da Fannie Mae custam hoje US$ 0,40, contra cerca de US$ 35 no início do ano. Já os da AIG custavam cerca de US$ 55 na virada de 2008 e agora estão cotados a US$ 1,69.

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