Muito tem sido dito sobre a real motivação de a Ford ter encerrado sua produção no Brasil, passando a ser apenas uma importadora de produtos vindos da Argentina, Uruguai, China, Canadá e Estados Unidos. A empresa alegou que a pandemia da COVID-19 afetou drasticamente seus negócios no mundo e por isso optou uma mudança no planejamento estratégico, acabando com a produção de modelos como hatches e sedãs e focando apenas nos SUVs, picapes e esportivos. Por isso, veio a decisão de fechar as fábricas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e até da Troller, em Horizonte (CE).
Com mais de 100 anos de atuação no mercado brasileiro, a Ford vinha perdendo força, com vendas cada vez mais baixas, e aos pucos foi reduzindo sua linha de produtos. Sua fábrica de Camaçari, na Bahia, onde produzia o Ka hatch e sedã e o EcoSport, sempre gozou das benesses do governo, mas o plano de subsídios fiscais acordado terminou em dezembro de 2020 e seria revisto pela metade agora em janeiro.
Há quem garanta que esse foi o principal motivo da decisão da Ford de encerrar a produção no Brasil, deixando para trás mais de um século de história, ficando apenas como importadora. A verdade é que a crise provocada pela COVID-19 afetou a todos, mas até agora Ford e Mercedes-Benz foram as únicas a decidir pelo fim da produção no Brasil. Porém, a marca do oval azul tem um histórico de não saber trabalhar bem os seus produtos, o que teria afetado diretamente seus resultados.
Fica, então, a dúvida sobre o que realmente vai acontecer com a Ford no Brasil. A montadora vai mesmo conseguir se sustentar por aqui apenas como importadoras de produtos mais caros? Ou estaria a Ford de malas prontas para abandonar de vez o Brasil? E os proprietários da marca vão ficar no prejuízo? Confira nossa opinião.