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Novas regras para ciclomotores a partir de 2026: CNH, emplacamento e IPVA

A Resolução 996/2023 do Contran exige emplacamento, registro e habilitação (CNH A ou ACC) para scooters e "cinquentinhas", prazo para regularização vai até 31 de dezembro de 2025

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Contran estabelece regras para ciclomotores, motonetas e motocicletas
Contran estabelece regras para ciclomotores, motonetas e motocicletas Foto: Divulgação/Ministério dos Transportes

A partir de 1º de janeiro de 2026, entra em vigor uma nova era para os ciclomotores no Brasil — com exigências legais mais rígidas que prometem transformar a forma como esses veículos mais leves circulam pelas cidades. A base dessas mudanças é a Resolução 996/2023, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que já estipulou um prazo para regularização e impôs novas regras para condutores e proprietários.

Quais são as novas obrigações

  1. Registro e emplacamento
    Todos os ciclomotores deverão ser registrados no Detran estadual e receber placa, similar ao que acontece com motocicletas. 

    O prazo para regularizar a situação vai até 31 de dezembro de 2025

    No Paraná, por exemplo, o Detran já definiu os procedimentos para o registro desses veículos, inclusive exigindo vistoria para verificar chassi, motor e características específicas. 

  2. Habilitação exigida
    Para pilotar um ciclomotor, será obrigatório ter:

    • CNH categoria A (mesma usada para motocicletas), ou

    • ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor), que é uma versão mais simples da CNH para esse tipo de veículo.

    Em algumas regiões, a fiscalização vai considerar ilegal a condução sem esse documento a partir de 2026.

  3. Equipamentos de segurança obrigatórios

    • Uso de capacete para condutores (e também para passageiros) será obrigatório. 

    • Outros itens de segurança, como retrovisores e luz dianteira, também ganharão mais importância no processo de registro e vistoria. 

  4. Limites de circulação
    A Resolução define restrições sobre onde os ciclomotores poderão trafegar: eles não poderão circular em ciclovias ou ciclofaixas

    Além disso, eles estão autorizados a trafegar apenas em vias com limite de velocidade mais baixo, reforçando a ideia de que são veículos urbanos leves e não devem disputar o mesmo espaço de trânsito com motos mais potentes ou veículos rápidos. 

  5. Penalidades

    • Circular sem registro ou sem placa poderá gerar multa. 

    • Já conduzir sem habilitação (ACC ou CNH A) pode ser considerado infração grave ou gravíssima, dependendo do caso, com penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro.

  6. Imposto (IPVA)

    • Alguns estados poderão começar a cobrar IPVA sobre ciclomotores registrados. 

    • É importante destacar que o IPVA é um tributo estadual — a Resolução do Contran só trata de regras de trânsito, não de impostos federais. 

Por que essas regras foram criadas

  • Crescimento dos ciclomotores: A popularidade de scooters elétricas e ciclomotores em geral aumentou rapidamente nos centros urbanos, o que levou a uma “bagunça regulatória” — muitos desses veículos circulavam sem placa, sem seguro, sem documentos, dificultando a fiscalização. 

  • Segurança viária: Com mais ciclomotores nas ruas e velocidades que podem chegar a 50 km/h, há riscos elevados quando esses veículos trafegam em ciclovias ou compartilham espaço com pedestres. As novas regras visam mitigar esses riscos.

  • Rastreabilidade: O registro obrigatório facilita a identificação de veículos em caso de infrações e acidentes, além de dar mais legitimidade ao uso desses micromotores no trânsito urbano.