O Tesla Cybertruck está prestes a encarar um papel inusitado: virar alvo de mísseis da Força Aérea dos Estados Unidos. Segundo documentos oficiais do Air Force Test Center (AFTC), o órgão pretende adquirir duas unidades da picape elétrica para usá-las como alvos em testes de munições guiadas no campo de provas White Sands Missile Range, no Novo México.
A justificativa? O Cybertruck pode, futuramente, aparecer em zonas de conflito — seja adaptado por exércitos, grupos armados ou milícias. Por isso, o Exército americano quer se preparar para cenários mais realistas, com veículos civis de alto desempenho sendo usados de forma hostil no campo de batalha.
Entre os armamentos a serem testados estão mísseis AGM-114 Hellfire, mísseis Griffin e bombas guiadas por laser. A proposta solicita que os veículos estejam rebocáveis, sem baterias, com vidros e espelhos intactos, e pneus capazes de rolar. Eles não precisam funcionar, apenas servir como alvos físicos.
O pedido chama atenção pelo foco específico: enquanto os demais veículos requisitados (sedãs, SUVs, vans, picapes leves) foram descritos de forma genérica, o Cybertruck é o único modelo citado nominalmente. Isso se deve, segundo o próprio relatório, ao seu design angular, estrutura em aço inoxidável cru, arquitetura elétrica de 48V e presença marcante — características que o diferenciam de qualquer outro veículo no mercado.
A escolha também evidencia como o Cybertruck, mesmo enfrentando críticas sobre qualidade de construção e ritmo de produção, tem uma influência simbólica e visual que extrapola o setor automotivo. Já foram vendidas mais de 20 mil unidades do modelo desde o início das entregas em dezembro de 2023, e sua estética futurista não passa despercebida — nem mesmo por militares.
Com isso, a picape de Elon Musk, que já foi comparada a um tanque e a um veículo de ficção científica, agora realmente se tornará parte do universo militar — mesmo que só para ser destruída.
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