Com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o presidente da Stellantis para a América do Sul, Emanuele Cappellano, anunciou o investimento de R$ 14 bilhões no Polo Automotivo de Betim, de 2025 a 2030. Trata-se do maior investimento feito na região e resultará na expansão das linhas de produção e no desenvolvimento de novas tecnologias.

Esse montante faz parte do investimento total de R$ 32 bilhões que a Stellantis fará na América do Sul - R$ 30 bilhões no Brasil e R$ 2 bilhões na Argentina. Além desses valores, Cappellano confirmou o investimento de R$ 454 milhões na nova linha de motores do Polo Automotivo de Betim, ampliando a capacidade de produção para 1,1 milhão de unidades por ano e abrindo novos postos de trabalho.

A linha foi planejada para produzir motores flex de alta eficiência, baixas emissões, e que serão associados às tecnologias de hibridização, condensadas no programa Bio-Hybrid.

Emanuele Cappellano revelou que o ciclo de investimentos de R$ 32 bilhões de 2025 a 2030 anunciados pela Stellantis para América do Sul impulsionará o lançamento de 40 novos produtos, oito powertrains, além do desenvolvimento das tecnologias Bio-Hybrid, que visam a descarbonização em toda a cadeia de suprimentos automotivos.

“Prestes a completar 48 anos, o Polo Automotivo Stellantis de Betim tem uma trajetória marcada pelo sucesso, produzindo modelos quelideram os seus segmentos no Brasil. Com este novo investimentode R$ 14 bilhões, vamos dar sequência ao incrível legado desta fábrica, direcionando o valor para renovar nossa linha de produtos, desenvolver novas tecnologias e gerar novos empregos", afirmou Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para a América do Sul.

A Stellantis faz o anúncio dos novos investimentos no momento em que ocupa a liderança de mercado na América Latina, Brasil e Argentina. Em 2024 o grupo já promoveu o lançamento da picape média Fiat Titano, da linha 2025 dos modelos Jeep Compass e Commander, e anunciou a chegada dos novos Citroën Basalt e Peugeot 2008. Ainda no segundo semestre, está prevista a chegada do primeiro modelo híbrido flex produzido em uma das plantas do grupo.

Tecnologia híbrida

O programa Bio Hybrid reúne a motorização flex com o propulsor elétrico. Mas a Stellantis não descarta a possibilidade do desenvolvimento de um sistema híbrido com motor a combustão movido exclusivamente a etanol puro. Tudo com o objetivo de reduzir carbono na cadeia produtiva em 50% até 2038. O programa deve gerar inicialmente modelos híbridos leves e, posteriormente, híbridos plugin. A tecnologia híbrida poderá ser aplicada em diferentes modelos das marcas do grupo. Mas a Stellantis não revelou qual será o primeiro modelo híbrido produzido e nem de qual de suas fábricas ele sairá.

Sobre a produção de um veículo 100% elétrico no Brasil, a Stellantis não descarta a possibilidade, mas Cappellano afirma que é preciso evoluir em infraestrutura e reduzir custos, para tornar o produto mais acessível. Ele acredita que é importante que o Brasil aposte primeiro no etanol como fonte de energia limpa e renovável.

Enquanto o carro 100% elétrico produzido no Brasil não acontece, a Stellantis anuncia a chegada dos produtos da marca chinesa Leapmotor, na qual ao grupo tem participação acionária. Serão importados modelos híbridos e elétricos da marca, que chegarão ao mercado brasileiro em breve. Para a Stellantis, a parceria com a Leapmotor é uma oportunidade para compartilhar experiências no desenvolvimento de novas tecnologias, além da comercialização dos produtos da marca chinesa.

O governador Romeu Zema agradeceu o grupo Stellantis pelo investimento de R$ 14 bilhões no Polo Automotivo de Betim, ajudando a gerar empregos, aumentando a produção e a arrecadação para o estado que passa por momento difícil. E reafirmou que o governo de Minas está alinhado com a Stellantis no programa de descarbonização. “Para que haja a transição energética de maneira sustentável, é importante passar pelos carros híbridos antes dos elétricos”, afirmou Zema.

“Se a Fiat e as suas concorrentes no Brasil começassem a produzir somente veículos elétricos, nós não temos infraestrutura para atender. Atualmente, a Cemig pena para atender as necessidades do setor produtivo. E se for suprir a demanda de energia para a mobilidade elétrica, não teríamos nem geração suficiente, muito menos capacidade de transmissão e distribuição dessa energia. Por isso é importante que o processo de transição seja gradativo para que o consumidor possa experimentar o sistema híbrido, pois certamente ficará impactado negativamente com o carro elétrico, que tem custo elevado”, afirmou o governador.

•  Confira os vídeos do VRUM nos canais do YouTube e Dailymotion!