UAI
ESTÁ VALENDO?

Tudo bobagem! Eis a verdade sobre essas 5 'dicas' sobre carros

Muitas das "recomendações" que as pessoas repassam pessoalmente ou pelas redes sociais são apenas mitos

Publicidade
SIGA NO google-news-logo
Mecânica dos carros, em especial, gera muitas dúvidas nos motoristas
Mecânica dos carros, em especial, gera muitas dúvidas nos motoristas Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A.Press

A intenção pode até ser boa, mas o resultado, definitivamente, não é: essa frase é aplicável a diversas situações, inclusive para os carros. Isso, porque não falta gente por ai dando "dicas" pra lá de equivocadas sobre manutenção, mecânica e outros temas.

O VRUM listou 5 dessas recomendações "furadas", que costumam circular nas redes sociais ou em rodas de amigos. Será que você já ouviu alguma delas? Confira o listão!

1- Motores de três cilindros têm baixa durabilidade?

Volkswagen up! 1.0 aspirado modelo 2015 branco cofre do motor estático no asfalto
Motores de três cilindros de geração atual estão no mercado brasileiro há cerca de uma década Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press

Você já ouviu alguém dizer que os motores de quatro cilindros duram menos que os de seis? Ou que um V6 tem vida útil menor que um V8?Então, já deve ter dado para entender que não há lógica em pensar que os propulsores de três cilindros são menos resistentes que os demais: a quantidade de pistões não tem qualquer relação com a durabilidade.

O que ocorre é que os motores de três cilindros têm projetos mais recentes e, assim,geralmente empregam maiores doses de tecnologia, como injeção direta ou turbocompressor. Isso, definitivamente, não faz com que eles sejam mais frágeis, mas tende a tornar o conserto mais caro caso ocorra algum defeito. Porém, trata-se de uma tendência que envolve carros de todos os segmentos.

2- É preciso esquentar o motor ao sair com o carro?

Veiculo /  Materia sobre Imobilizador Eletronico
Após ligar o carro, não é preciso esperar o motor esquentar Foto: Foto Marlos Ney Vidal/Estado de Minas - 15/12/2004 - Materia sobre Imobilizador Eletronico. Na foto, detalhe do tambor de ignicao do veiculo Fiat Uno Fire, chamado Fiat Code

Alguns motoristas têm o hábito de esquentar o motor por alguns minutos antes de tirar o veículo da garagem. Mas o caso é que esse procedimento é desnecessário desde que os carros substituíram o carburador pela injeção eletrônica, ainda na década de 1990. Graças a esse sistema de alimentação de combustível, a temperatura ideal de funcionamento é atingida rapidamente.

Porém, é, sim, necessário algum tempo para que o óleo circule e lubrifique todas as partes móveis do motor. Mas cabe destacar que, para que isso ocorra, bastam cerca de 30 segundos, apenas. 

3- Há problema em misturar etanol e gasolina nos carros flex?

Bicos de duas bombas, de etanol e de gasolina, são introduzidos no bocal do tanque de um Volkswagen Gol Total Flex vermelho
Carros flex não podem queimar, sem problema algum, qualquer proporção da mistura entre gasolina e etanol Foto: Volkswagen/Divulgação

Não! Existem vários rumores sobre problemas em mesclar combustíveis nos carros flex, mas não há o que temer: esses carros podem funcionar com etanol, gasolina ou a mistura de ambos em qualquer proporção sem problema algum.

4- Andar com o tanque na reversa pode queimar a bomba?

Eis um mito muito difundido: o de que dirigir constantemente com o tanque na reserva pode queimar a bomba de combustível. Isso, devido a uma alegada falta de lubrificação, uma vez que esse componente trabalha imerso no combustível. Porém, tal peça é  lubrificada pelo líquido que passa por dentro dela. Portanto, o risco que os motoristas correm ao deixarem o tanque quase vazio é apenas o de uma pane seca.

5- Descer "na banguela" economiza combustível?

Alavanca do câmbio manual de seis marchas do Renault Fluence GT
Andar com câmbio em ponto-morto só economizava combustível em carros equipados com carburador Foto: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press

Tal qual a questão de esquentar o motor, o uso da banguela também fazia sentido na época em que os carros utilizavam carburador. Porém, após a popularização da injeção eletrônica, quase 30 anos atrás, essa prática se tornou um mito. Desde então, em descidas, o motorista deve manter o câmbio engrenado, o pé fora do acelerador e simplesmente tirar proveito da inércia: nesse caso, o consumo é praticamente zero.