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Parou tudo

Greve do Ibama barra a importação de 30 mil carros; entenda

Situação atinge marcas que importam carros e até montadoras nacionais. Cerca de 90% dos trabalhadores de campo do Ibama aderiram à greve

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Greve do Ibama deia 30 mil carros parados em portos esperando liberação para serem comercializados
Greve do Ibama deia 30 mil carros parados em portos esperando liberação para serem comercializados Foto: BYD/Divulgação

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) está em greve há três meses. Por conta disso, 30 mil veículos importados estão parados nos pátios, aguardando a liberação dos documentos.

Há 10 dias, eram 18 mil carros parados. Desde então houve um crescimento de 12 mil veículos. As principais fabricantes de carros elétricos tiveram suas operações comprometidas, como a BYD e a GWM, que trazem carros elétricos e híbridos da China. A situação ainda afeta montadoras nacionais que trazem carros de fora, como Volkswagen, Toyota, Stellantis e Nissan.

Greve do Ibama atinge importação de veículos

A greve do Ibama reflete na importação de veículos das marcas. A Volkswagen, por exemplo, é responsável pela fabricação da picape Amarok e do SUV Taos, ambos vindos da Argentina. Já a Stellantis importa o sedã Fiat Cronos e o hatch compacto Peugeot 208, que chegam ao país via terrestre.

A montadora japonesa Toyota traz a picape Hilux e o SUV SW4, também via terrestre do país vizinho ao Brasil - ambos os modelos são produzidos em Zárate. A Nissan importa sua picape Frontier da fábrica de Córdoba, local em que o veículo é produzido em parceria com a Renault.

Greve do Ibama começou em janeiro

Navio cargueiro da BYD no mar com porto ao fundo.
Ibama é responsável pela liberação da licença de importação dos veículos Foto: BYD/Divulgação

O Ibama é responsável pela liberação da licença de importação, atestando que os veículos seguem os padrões ambientais exigidos e estão de acordo com as regras de emissões do país. Os lotes de carros importados só podem entrar oficialmente no país e serem comercializados após aprovação das licenças ambientais concedidas pelo órgão.

Paralisados desde o começo de janeiro, cerca de 90% dos trabalhadores de campo aderiram à mobilização. Os que não participam da greve estão concentrados em atividades burocráticas internas. Os funcionários e seus representantes têm cobrado o governo requisitando melhorias na remuneração, nas condições de trabalho e novo plano de carreira.

De acordo com os servidores em greve, a decisão seria “uma resposta direta à falta de ação e suporte efetivo aos servidores e às missões críticas que desempenhamos”.

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