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Motor Fire, da Fiat, enfim vai sair de linha em 2024

Exigências ambientais devem tirar esse propulsor do mercado no fim deste ano

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Motor Fiat Fire 1.4 equipa, atualmente, o furgão Fiorino
Motor Fiat Fire 1.4 equipa, atualmente, o furgão Fiorino Foto: Fiat/Divulgação

O motor Fire, da Fiat, é atualmente um dos mais antigos da indústria nacional. Tal linha de propulsores chegou ao país no ano 2000, quando já tinha 15 anos de idade na Europa. Ao longo dessas mais de duas décadas, a gama equipou diversos automóveis da marca italiana, entre os quais Uno, Palio, Siena, Punto, Idea, Strada e Doblò. Porém, em 2024, essa longa história deve finalmente chegar ao fim.

De acordo com o site Autos Segredos, a Fiat deve deixar de oferecer o motor Fire nos automóveis nacionais até o fim deste ano. O motivo é ambiental: esses propulsores não atendem à nova fase L8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), que entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2025. Como os veículos comercializados no país serão obrigados por lei a cumprir essa nova norma, propulsores mais poluidores terão que sair de linha. 

Atualmente, a Fiat oferece o motor Fire em apenas dois modelos: no Mobi, que tem uma unidade 1.0, e no Fiorino Furgão, que traz a variante 1.4. Há ainda o Peugeot Partner Rapid, que é um clone do furgão da marca italiana e, assim, traz a mesmíssima mecânica. Ainda segundo o Autos Segredos, esses veículos receberão, respectivamente, propulsores 1.0 e 1.3 da nova linha FireFly, que serão adequados à nova lei de emissões de poluentes.

Nesse ponto, vale lembrar que o Fiat Mobi, em particular, já teve uma versão equipada com a motorização 1.0 FireFly: ela se chamava Drive e permaneceu no mercado de 2016 a 2020. Em relação ao similar atual, com motor Fire, essa configuração oferecia maior potência e menor consumo, de acordo com números do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro. Porém, por questão de custo, tal opção saiu da linha do modelo. 

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Fiat Mobi Foto: Divulgação

Junto com os novos motores FireFly, virá ainda um sistema de assistência elétrica à direção, item que o Mobi Drive também oferecia. Tais novidades, porém, não chegarão ao mercado de maneira imediata: o motor Fire só deverá sair de linha nos últimos meses deste ano. A troca de propulsor deverá marcar a chegada da linha 2025 de Fiat Mobi, Fiorino e Peugeot Partner Rapid.

Breve histórico do motor Fiat Fire

A estreia mundial da linha Fire, sigla de Fully Integrated Robotised Engine (Motor Totalmente Integrado e Robotizado, em uma tradução livre) ocorreu em 1985, sob o capô do Autobianchi Y10. Desde então, além de carros da Fiat, essa gama de propulsores também equipou modelos de outras marcas, como Lancia, Alfa Romeo, Dodge e Jeep (todas integrantes do atual Grupo Stellantis) e até da indiana Tata Motors.

Quem estreou o motor Fire no Brasil foi o Fiat Palio, em março de 2010, à época em uma configuração 1.3 16V. Em outubro daquele mesmo ano, veio a variante 1.0, com opção de cabeçote com duas ou quatro válvulas por cilindro. Por fim, em 2005, o 1.3 foi substituído por um 1.4, sempre com oito válvulas. Houve ainda o 1.4 16V turbo, que equipou as versões esportivas T-Jet de Punto, Linea e Bravo, além do 500 Abarth.

O motor Fiat Fire goza de boa reputação entre os consumidores. Isso, devido à robustez e à facilidade de manutenção, além do baixo custo das peças. Porém, atualmente, a gama está bastante ultrapassada: as unidades 1.0 e 1.4 são as menos potentes do mercado nas respectivas faixas de cilindrada.