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Yamaha YZF-R1 - Mantendo a pose

Modelo 2010 da superesportiva chega com mesmo pacote técnico modernizado, estilo e agressividade preservados. Destaque para o motor de 998cm³ e 182cv de potência

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O motor quatro cilindros em linha foi inspirado nas motos de competição

A japonesa Yamaha apresentou em Cypress, na Califórnia, EUA, a YZF-R1, modelo 2010, com atualizações de estilo e técnicas. Lançada em 1998, virou uma espécie de referência, revolucionando o segmento das superesportivas, com extrema agressividade e desempenho. Até a concorrência despertar e contra-atacar, o modelo reinou e fez fama mundialmente, inclusive no Brasil, para onde é importada de forma oficial. Atualmente, várias outras motocicletas, de diversos fabricantes, atingiram um nível de esportividade semelhante ou até superior. Entretanto, por ter criado fama, a R1, como é conhecida, desperta uma curiosidade especial.

A cada ano, seus admiradores aguardam as atualizações, na esperança de novas e mirabolantes soluções, para anabolizar ainda mais o desempenho e justificar o mito. Essa expectativa foi satisfeita em parte, no ano passado, com o lançamento do modelo 2009, em sua sexta geração, equipada com motor completamente novo, derivado diretamente do modelo YZF-M1, do Mundial de Moto GP, campeã com o piloto italiano Valentino Rossi. A nova R1, modelo 2010, conservou a receita, mantendo os ingredientes mecânicos, apenas com modernizações técnicas e também de estilo.

Pista

Com o sucesso nas pistas, a Yamaha aproveitou para pegar carona, apresentando também um modelo de edição limitada, com decoração semelhante ao de pista, do time Fiat-Yamaha, do Doctor Valentino Rossi. Porém, como o campeonato ainda não acabou, o modelo só estará disponível em janeiro de 2010, trazendo a assinatura do provável campeão no tanque. O modelo normal, entretanto, chega ao mercado em outubro, inclusive no Brasil, embora a Yamaha ainda não tenha definido datas e preços. As cores são o azul - característica da marca dos três diapasões - , o branco perolizado e o preto.

Painel mistura marcadores digital e analógico



O motor da nova R1 é o destaque. Com 998cm³ e arquitetura de quatro cilindros em linha, tem 16 válvulas em titânio, injeção eletrônica e refrigeração líquida, com radiador curvo como nas motos de competição. A potência atinge 182cv a 12.500rpm e o torque 11,8kgfm a 10.000rpm. A diferença é que os cilindros, como no modelo M1 de pista, trabalham de forma alternada e não mais aos pares, fornecendo impulso o tempo todo. O resultado é um maior vigor, ?humanizado? pela gestão eletrônica, que recebeu uma nova e ainda mais moderna centralina no modelo 2010.

Eletrônica

A vibração gerada pelo novo arranjo dos pistãos, tolerada nas pistas, foi neutralizada no modelo de rua, com adoção de contrapesos. Na eletrônica, a R1 2010 conta com três programas de gerenciamento, que permitem ao piloto selecionar no guidão, por meio de um botão, uma tocada completamente esportiva, outra mais suave, para pisos molhados, e uma terceira para o dia a dia. Ainda na eletrônica, os dutos de admissão têm altura variável, que aumentam a respiração do motor a partir dos 9.400rpm, com injetor secundário e acelerador eletrônico, que funciona a partir da leitura de vários sensores. O quadro em alumínio, assim como a balança, são totalmente novos.

No visual, a R1 ganhou novos faróis, com duplo refletor, deslocados mais para o centro da dianteira. Na traseira, lanternas com leds, suporte de placa dependurado e duas enormes ponteiras de escape com saída alta. A extravagância não foi estilística, mas para atender as normas ambientais, com volumosos catalizadores internos. Os freios dianteiros têm duplo disco de 310mm e pinça radial de seis pistãos. O freio traseiro tem disco de 256mm. A suspensão dianteira é invertida, com tubos de 43mm de diâmetro. A traseira é mono. Ambas são reguláveis. O câmbio tem seis marchas, as pedaleiras são ajustáveis e o painel é completo, inclusive com luz parta indicar o momento ideal para a troca de marchas.