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Yamaha XVS 950 Midnight Star - Estrela do tapete preto

Com dois cilindros em V, grandes dimensões e conforto para viagens, novo modelo da marca japonesa que chega agora ao mercado brasileiro também impressiona pelo visual

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A Yamaha Midnight Star 950, ou Estrela da Meia-Noite, foi lançada mundialmente no fim do ano passado, para chegar ao Brasil, logo depois, em maio deste ano, substituindo a irmã menor, Drag Star 650, que acabou “tomando bomba” nas rígidas normas de controle de emissão de poluentes (Promot III). Em termos técnicos, porém, a troca representou um salto., que também deu um grande pulo no preço, que saltou dos cerca de R$ 25 mil para R$ 34.600, no modelo preto, e R$ 34.900, no modelo vermelho, com os mesmos apliques de decoração no tanque do novo modelo 950. Para quem não tem problemas com o saldo bancário, tudo bem, já que as dimensões e volumes não são tão diferentes.

Aliás, neste segmento, tamanho é documento e funciona como um predicado para os consumidores. A Midnight Star embarca nessa tendência, com peso a seco de 261kg e entre-eixos de 1.685mm. O resultado é que no trânsito um pouco mais pesado das cidades a moto encalha sem piedade entre os carros, com o agravante de o calor (gerado pelo clássico motor de dois cilindros em V, que tem refrigeração convencional, a ar mesmo) atingir o piloto nas partes baixas… Em compensação, o banco do piloto é do tipo poltrona, sendo bastante confortável, e fica a apenas 675mm do chão, o que facilita consideravelmente as manobras em baixa velocidade.

Estrada

Sair da cidade e pegar estrada, ou o tapete preto, representa um alívio para a moto e para o piloto. Percorrendo o trecho entre Campinas e Belo Horizonte, com estradas de boa pavimentação (pedagiadas), a Midnight Star 950 se comporta como uma locomotiva sobre trilhos. Basta engatar a quinta e última marcha e aproveitar para apreciar a paisagem. Nas subidas e saídas de curvas, é só acelerar que os 53,6cv de potência (a 6.000rpm) e o torque de 7,84kgfm (a apenas 3.000rpm) resolvem o problema. Os pés ficam esticados sobre plataformas. O pedal de freio é semelhante ao de carro e o pedal de marcha tem o recurso de cambiar com a ponta do pé e com o calcanhar para não estragar a bota. Típico recurso de uma moto estradeira, que ainda conta com enorme guidão, bastante largo, que deixa os braços relaxados.

Guidão largo deixa os braços relaxados em viagens



Tudo isso sem muita pressa, já que a Midnight Start 950 não conta com proteção aerodinâmica e ainda por cima é bastante baixa, raspando com muita facilidade em curvas mais fechadas. Essa característica requer também um certo cuidado, para não comprometer a segurança. É o preço do segmento custom e da tendência dos quadros longos e baixos (long and low), comuns no mercado americano, para o qual foi projetada. Para completar, o farol de 55/60 Watts de potência fornece excelente iluminação, permitindo viagens noturnas sem problema.

Som


Outra característica interessante, exaustivamente estudada pela engenharia da montadora, foi o som do escape, do tipo dois em um, com saída pela direita. Assim como o volume e dimensões da moto, este segmento exige um som grave e ritmado do escape. Para tanto, foi elaborado um estudo acústico no motor, para privilegiar as frequências mais baixas e suprimir as mais altas, resultando em um som que funcione como música, para a exigente clientela. O motor de dois cilindros em V (inclinados em 60 graus), 942cm³ de cilindrada, com injeção eletrônica e 8 válvulas, funciona como o maestro. Já o quadro é em berço duplo em aço, que confere bastante rigidez.

Veja mais fotos da Yamaha XVS 950 Midnight Star!

O painel sobre o tanque (de 17 litros) tem velocímetro analógico e tela digital com as demais informações, que pode ser ajustado com um botão no guidão. O visual, que é levemente inspirado nas formas dos anos 30, inclui para-lamas envolventes e tem o contraponto das rodas em liga leve, com pneus de perfil baixo. A transmissão final é por correia de fibra de carbono e kevlar. Os freios são a disco, sendo de 320mm de diâmetro na dianteira e de 298mm, na traseira. A suspensão dianteira é do tipo Kayaba e tem tubos de 41mm de diâmetro e 135mm de curso. A traseira é do tipo mono, com 110 mm, reguláveis. O pouco curso acaba castigando o piloto em pisos mais irregulares.