O mercado brasileiro de motocicletas dá mostras de amadurecimento, crescendo a percentuais galopantes, sempre superiores à média da indústria brasileira, na última década. Para este ano, a previsão é de uma evolução de 13%, ultrapassando a marca dos 1,6 milhão de unidades. Essa performance consolida o crescimento da participação de novos segmentos, especialmente o de modelos de maior cilindrada, embora toda a base da pirâmide de consumo ainda seja de motos de pequena cilindrada, com índices superiores a 90% das vendas.
Outro fator que acelera as vendas de motos grandes, normalmente importadas, ou nacionalizadas via Manaus, é a valorização do real frente ao dólar, que reduz os preços no mercado interno, além da queda gradual das taxas de juros. Assim, as grandes marcas estão aumentando sua linha de modelos maiores. Um dos segmentos de maior concorrência é o das big trails, um tipo de moto que parece ter sido feita sob encomenda para as condições brasileiras, já que encara grandes viagens ou estradas em quaisquer condições.
Freguesia
A Yamaha aposta nessa freguesia há muito tempo, trazendo a TDM 900 desde 2002, quando foi feita a primeira reforma no modelo, lançado em 1991. O motor de dois cilindros paralelos passou de 850 cm³ para 900 cm³ de cilindrada. A Yamaha TDM 900 agora chega ao Brasil em sua versão 2007, por R$ 44.740, posto São Paulo, sem frete e seguro, para ser comercializada na rede credenciada, trazendo algumas novidades para enfrentar a pesada e feroz concorrência.
É um time de cachorros grandes, composto pela Suzuki V-Strom 1000 (R$ 53.500), Triumph Tiger 1050 (R$ 65.900), Ducati Multistrada 1100 (R$ 62.900), Buell Ulysses (R$ 49.900), BMW GS 1200 (R$ 59.900), KTM 950 Adventure (US$ 21.900/R$ 42.500) e Honda Varadero 1000, ainda sem preço definido e que chega este mês. Para brigar neste segmento, a Yamaha TDM 900 conta com motor de 897 cm³, com dois cilindros paralelos, refrigerados a água, equipado com injeção eletrônica, que fornece 86,2 cv a 7.500 rpm.
Herança
A concepção do motor tem origem no conceito Gênesis da Yamaha, que equipa suas superesportivas. Tem cabeçote com nada menos que 10 válvulas, para proporcionar generosa alimentação e respiração, além de ligeira inclinação para a frente. Nesse mesmo conceito é feito o quadro, em alumínio, com técnicas metalúrgicas que minimizam as soldas e com arquitetura perimetral, para aumentar a rigidez. O torque é de 9,1 kgfm a 6.000 rpm e o peso a seco de 192 quilos.
A suspensão dianteira tem garfo telescópico com 150 mm de curso e a traseira, mono, em balança de alumínio, tem 133 mm de curso. O freio dianteiro tem duplo disco de 298 mm de diâmetro e o traseiro, de 245 mm. O painel é completo com tela digital, conta-giros, velocímetro, relógio, marcadores de temperatura da água e nível do óleo. As rodas são de liga leve e o câmbio tem seis marchas. No visual, um grande tanque de 20 litros e semicarenagem que abriga dois faróis, além de escapes cromados e banco tipo dois andares. Informações na rede de concessionários da marca.