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Yamaha MT-03 já tem passaporte carimbado para ser produzida no Brasil

Modelo naked, equipado com motor de dois cilindros em linha, freios ABS e com desenho composto por linhas agressivas vai encontrar concorrentes à altura

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Depois de lançar no Brasil a pequena esportiva YZF-R3, com direito a carenagem e à grife da badalada família R, que tem como integrantes as superesportivas R-1 e R-3, a japonesa Yamaha também vai lançar aqui, produzida em Manaus, sua versão pelada, a MT-03. O novo modelo, destinado a uma utilização mais urbana, é derivado da irmã esportiva, de quem herdou o motor com dois cilindros em linha de 321cm³ e o quadro em tubos de aço, só que pertencente à família MT (máster of torque), que já tem no Brasil os modelos MT-07 e MT-09.


O novo modelo, recém-lançado no mercado mundial, vai enfrentar uma artilharia pesada, composta em nosso mercado pela KTM Duke 390, Kawasaki Z 300, Honda CB 250 Twister e a futura BMW G 310R e, possivelmente, a nova Ducati Scrambler Sixty2 400. É que as montadoras acordaram para o segmento de motos pequenas, consideradas premium, em um fenômeno em que a versatilidade para encarar o dia a dia não exclui desempenho, formas agressivas e vários equipamentos de série, mais comuns em modelos maiores.

LADO A logística de produção da MT-03 será facilitada, já que divide a maioria das peças com a irmã R-3, disponível em nosso mercado. A data de lançamento não foi divulgada, assim como o preço ainda não foi definido, mas deve ser inferior ao da irmã, que tem trajes de gala. A MT-03, ao contrário, é uma naked, que para ganhar ares mais transgressores adota o lema da família MT, batizado de “o lado escuro do Japão”. Talvez esse lema, adaptado para o Brasil, não seja o mais adequado para o momento e nosso mercado. De qualquer forma, as linhas agressivas espantam a imagem de certinha.


O banco oferece conforto para o piloto, mas sacrifica o passageiro


A MT-03, equipada com motor de dois cilindros paralelos, refrigeração líquida e injeção eletrônica, fornece 42,01cv a 10.750rpm e um torque de 3,02kgfm a 9.000rpm. O guidão mais alto, do tipo inteiriço, em vez de semiguidãos, e a posição do banco em dois níveis, a 780mm do chão, favorecem a circulação urbana, deixando o piloto mais em pé e mais confortável. O garupa, porém, assim como na irmã esportiva R-3, de quem herdou o quadro, fica bastante sacrificado para uma urbana, em um banquinho mínimo, além de pedaleiras altas que obrigam a adotar uma postura quase fetal.

PAINEL O painel, bastante completo, também foi herdado e fica no bloco óptico, que tem acima do farol luzes diurnas com LEDs. O destaque é o conta-giros em estilo analógico, herança explícita da porção esportiva do “sangue” da família R, com direito a luzinha (shift light) que indica o momento ideal de trocar as marchas. Entretanto, o indicador de marchas do câmbio de seis velocidades, computador de bordo com o consumo imediato e médio, além de temperatura da água e indicador do nível do combustível, demonstram seu lado prático e urbano.


O painel mistura elementos analógicos e digitais


Além disso, o guidão vira bem, com 68 graus, facilitando a vida nas cidades. A suspensão dianteira é convencional e a traseira, mono. As rodas de liga leve com aros de 17 polegadas, como nas esportivas, são calçadas com pneus de medida 110/70 na dianteira e 140/70 na traseira. O tanque comporta 14 litros e os freios são a disco nas duas rodas, com sistema ABS. Na dianteira, um discão de 298mm de diâmetro, cujo miolo de 220mm de diâmetro, em um processo industrial econômico, é aproveitado na roda traseira.