O dólar, em ritmo de liquidação, segue aquecendo o mercado de motos importadas. Com isso, as montadoras reforçam suas linhas, visando preços atrativos pelo câmbio favorável. A Yamaha do Brasil, por exemplo, vem testando o segmento desde 2001, trazendo vários modelos. Entre eles, a linha Fazer 600, que tem motor derivado da superesportiva YZF R-6. Primeiramente com a FZ6 Naked, totalmente pelada, sem qualquer carenagem e grande farol arredondado.
Posteriormente, com a FZ6 S, equipada com semicarenagem, que lembra o estilo da YZF R-6, com dois faróis tipo olhos puxados e painel digital completo, além de visual mais esportivo. O público acabou sinalizando a preferência por esta última, que agora chega oficialmente à versão 2007. Com algumas melhorias e modernizações em relação ao modelo anterior, a nova Yamaha FZ6 S tem preço sugerido (posto em São Paulo) de R$ 37 mil, sem frete e seguro.
Herança
Na base da racionalização industrial, a FZ6 S herdou o motor de quatro cilindros em linha, 16 válvulas, injeção eletrônica e refrigeração líquida da R-6, mas devidamente amansado para se adaptar às exigências do segmento, por meio de novo mapeamento. A potência foi reduzida dos 127 cv a 14,5 mil rpm da superesportiva, para 98 cv a 12 mil rpm. O torque permaneceu quase o mesmo, passando de 6,73 kgfm a 12 mil rpm, para 6,44 kgfm, só que obtido a 10 mil rpm. A decisão é mais compatível com um modelo que também tem pretensões de rodar nas cidades.
Os escapes, de saída alta sob a rabeta, também foram reconfigurados para atender às novas exigências, além de ganharem novas proteções térmicas. Na ergonomia, a nova FZ6 S adotou nova posição da semicarenagem, que ficou 30mm mais baixa. O banco seguiu a mesma linha e também foi ligeiramente rebaixado para 795 mm, assim como as pedaleiras, que ganharam revestimento de borracha. Com isso, o centro de gravidade foi rebaixado, melhorando o comportamento dinâmico.
Ortopédica
Se nas superesportivas a posição de pilotagem totalmente agressiva sacrifica o conforto, para andar na garupa, só com técnicas de contorcionismo. A FZ6 S, meio-termo entre esportiva e naked, amenizou o problema com um guidão mais alto, largo e novas pedaleiras em alumínio para o passageiro, igualmente mais baixas. As alterações também incluem pára-lamas dianteiro mais aerodinâmico e painel com elementos analógicos, digitais e iluminação regulável.
O quadro, em alumínio, é bastante leve e tem interessante arquitetura que prende o motor por cima para aumentar a rigidez do conjunto. A suspensão dianteira é a clássica telescópica com 130 mm de curso. A traseira é mono, em balança de alumínio, igualmente com 130 mm de curso. Os freios dianteiros têm duplo disco de 298 mm de diâmetro e o traseiro, disco simples de 245 mm. O câmbio é de seis marchas, o peso a seco, de 186 kg e o tanque comporta 19,4 litros. Informações na rede de concessionárias.