A Yamaha FJR está no mercado desde a década de 1980. Inicialmente com motor de 1.100cm³. Em 2001, a cilindrada saltou para 1.300cm³ para encarar as estradas e viagens com mais conforto. Em 2006, porém, é apresentada a grande novidade: câmbio e embreagem automatizados, introduzindo uma tecnologia pioneira em motocicletas, para facilitar a vida em longos percursos. Para cambiar, o piloto tem o pedal tradicional ou um botão no punho esquerdo, no qual se pode trocar as marchas. A embreagem, nos dois casos, é acionada automaticamente.
O sistema batizado de YCC-S, Yamaha Chip Controlled-Shift, ou controle eletrônico de marchas, realiza a operação em cerca de 0,1 segundo. Quase o mesmo tempo de uma piscada de olhos, sem trancos ou reclamações. O câmbio de cinco marchas, com transmissão por eixo cardã, e a embreagem funcionam sincronizados e o próprio manete foi suprimido. Para não cortar de vez a forma clássica de pilotar, uma verdadeira heresia para os mais puristas, o pedal do câmbio foi mantido, permitindo ao piloto cambiar de forma clássica. A diferença é que não precisa acionar a embreagem, que funciona automaticamente.
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Aprendendo Um sensor percebe o movimento do pedal e muda a marcha eletronicamente, junto com a embreagem. Para quem já digeriu o sistema, um botão no guidão realiza a mesma função. Uma mordomia possível com o avanço da eletrônica, até então presente somente em scooter, para tornar mais fácil a pilotagem. Tão mais fácil, que até algumas polícias rodoviárias, especialmente da Europa, passaram a usar o modelo em suas patrulhas. Por outro lado, as viagens e as estradas são a mais pura arte de pilotar, que significa controlar a moto.
Dessa forma, uma parcela dos consumidores ainda prefere a velha e boa embreagem manual, além do pedal de marchas, de acionamento tradicional. Para não desagradar nem a uma parte nem a outra, a Yamaha relançou na linha 2010 a FJR 1300 com o clássico sistema de embreagem e câmbio, conservando, porém, o modelo eletrônico, para quem já está antenado com as novas tecnologias. O novo modelo tem o mesmo visual e motor. Somente o peso é ligeiramente inferior, assim como preço, em função da ausência da parafernália eletrônica. Uma saída estratégica sem perder o bonde da modernidade.
Características Como legítima moto de turismo, com uma pitada esportiva, a FJR tem motor de quatro cilindros em linha, de 1.298cm³, equipado com injeção eletrônica e quatro válvulas por cilindro. O radiador, como nas esportivas, é curvo. A potência é de 145cv a 8.500rpm, que permite ótima velocidade de cruzeiro, mesmo com bagagem nas bolsas laterais e garupa. Para melhorar o conforto, o para-brisa pode ser regulado eletricamente e há sistema de ventilação com fluxos dirigidos. Uma espécie de ar-condicionado natural. O painel é completo e inclui computador de bordo e conexão para celular e GPS.
A suspensão dianteira é do tipo telescópica, com tubos de 48mm de diâmetro e 137mm de curso. A suspensão traseira é do tipo mono, com 122mm de curso. Ambas são plenamente ajustáveis. O freio dianteiro é composto por duplo disco, de 320mm de diâmetro. O freio traseiro tem disco simples de 283mm de diâmetro. Ambos com ABS. O tanque comporta 25 litros, proporcionando boa autonomia. As rodas são em liga leve com aros de 17 polegadas. O visual tem formas volumosas, como uma moto da categoria turismo, mas a dianteira tem desenho que lembra as superesportivas (R1 e R6) da marca.