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Yamaha - Dupla de ataque

Os novos modelos da marca japonesa XJ6 N, sem carenagem, e XJ6 F, com carenagem, substituem os descontinuados FZ6, nas versões N e S, e apresentam visual agressivo

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De Guarulhos (SP) - A Yamaha do Brasil mexeu no time, lançando novas "jogadoras", além de substituir outras, para reforçar o jogo. O destaque fica por conta das novas motocicletas XJ6 N (estilo Naked) e XJ6 F (carenada), com motor de quatro cilindros em linha e 600cm³ de cilindrada, que substituem as falecidas FZ6 nas versões N e S. Outra mexida importante foi a reestilização da Fazer 250, que chega já como versão 2011, muito mais moderna, com farol assimétrico e lanterna com LEDs. A surpresa foi a "recontratação" da motoneta Crypton, que tinha sido descontinuada e agora volta modernizada, com motor de 115cm³ de cilindrada. As estrelas, porém, são os lançamentos XJ6 N e XJ6 F.

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A montadora, que este ano completa 40 anos de Brasil, foi pioneira entre as fábricas de motocicletas japonesas no país. O tempo, entretanto, não foi proporcional à participação no mercado, caindo na tabela do segmento. A nova dupla é justamente uma das armas para acelerar a "subida". A XJ6 tem basicamente o mesmo motor da FZ6, o qual, por sua vez, é derivado da superesportiva R-6, com as devidas alterações. Equipado com injeção eletrônica, 16 válvulas e refrigeração líquida, o motor gera potência de 77,5cv (a 10.000rpm) e torque de 6,09kgfm (a 8.500rpm). Números bem mais modestos que na FZ6, que atingia 98cv (a 12.000rpm) e um torque de 6,44kgfm (a 10.000rpm).

Com motores semelhantes, por que a diferença? Enquanto a FZ6 é um modelo mais sofisticado, com requintado quadro em alumínio e pretensões esportivas, a nova XJ6 pretende ser uma opção bem mais amigável e versátil. A potência é menor, mas chega mais cedo, assim como o importante fator torque, o que permite rodar nas cidades sem tantas trocas das (seis) marchas, melhorando as retomadas. Com isso, o consumidor urbano que viaja nos fins de semana, fica mais satisfeito. Para agradar ao outro lado, que gosta de acelerar nas estradas, a versão F, equipada com carenagem integral, é a melhor opção. Para agradar aos dois lados, os preços foram reduzidos em relação à linha FZ6, descontinuada.

Outra estratégia da Yamaha para compensar as perdas em relação às FZ6 (como o quadro, que é feito em aço tubular, em vez de alumínio) é adotar um visual mais agressivo e moderno. O farol assimétrico é destaque e tem luz de posição. Na traseira, suporte de placa é "dependurado", como nas superesportivas R-6. O escape também segue as novas tendências de centralizar e rebaixar as massas: fica sob o motor, junto com o abafador. O catalisador é quase invisível. A versão F tem desenho de carenagem mais conservador, mas é equipada com cavalete central, ausente na versão N. A versão F só tem a cor preta, e a N, as cores branca e preta.

Impressões

Em um primeiro contato, os novos modelos revelaram uma boa ergonomia, com banco do tipo dois andares, com textura que encaixa bem e prende mais o piloto. O guidão tem duas regulagens e o painel é de fácil leitura e completo, misturando instrumentos analógicos (conta-giros) e digitais. O torque, que aparece mais cedo, facilita a vida em baixas velocidades, embora, o visual mais agressivo e o agradável ronco do escape sejam um incentivo a "enrolar o cabo". O guidão tem um bom ângulo de esterçamento, permitindo manobras mais apertadas. Os freios são precisos e eficientes, mesmo sem sistema ABS (presente em outros mercados), que não está disponível nem como opcional.

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O modelo F (carenado) parece maior, mas as diferenças ficam por conta do melhor conforto aerodinâmico em velocidades mais elevadas e do peso (205kg, 6 kg a mais que a N). O banco fica a 785mm de altura e permite colocar os dois pés no chão. Os freios dianteiros são a disco, duplos, com 298mm de diâmetro cada. O freio traseiro tem disco simples, de 245mm. A suspensão dianteira é do tipo telescópica, com tubos de 41mm de diâmetro e 130mm de curso. A suspensão traseira é do tipo mono, com 130mm de curso. As rodas são em liga leve, com aros de 17 polegadas. O tanque comporta 17 litros. O modelo XJ6 N chega às revendas a partir deste mês, com preço sugerido, sem frete, de R$ 27.500, e o modelo XJ6 F (R$ 30.500), no início de março.


(*) Viajou a convite da Yamaha do Brasil.