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Vespa LXV 125 i.e. 2010 - Sem paixão e com razão

Modelo aposentou o carburador para adotar a injeção eletrônica, mas conservou o estilo retrô em homenagem à primeira unidade fabricada na década de 1940

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A menor dos modelos da família vintage (com estilo retrô), a Vespa LXV 125 aposentou o carburador em sua versão 2010, apresentada em 15 de fevereiro, para entrar na era da eletrônica, com o sistema de injeção de combustível. O modelo fabricado em 2006 para homenagear os 60 anos da primeira Vespa, produzida comercialmente em 1946, no traumático pós-guerra, tem o visual semelhante ao da pioneira, incluindo a cor da pintura. O modelo, assim como uma versão da irmã mais velha, GTV 250, foi lançado como edição limitada, em homenagem à vovó sexagenária. Ambos fizeram tanto sucesso que viraram modelos de série.

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O motivo do grande interesse tem explicação lógica. Já foram produzidos aproximadamente 17 milhões de unidades, em cerca de 150 versões, vendidas em nada menos do que 114 países, incluindo o Brasil. Uma ideia de estrondoso sucesso, que, entretanto, tinha tudo para dar errado. É que nasceu das pranchetas do engenheiro aeronáutico Corradino D?ascanio, que não gostava de motocicletas. Se não tinha paixão, típica dos construtores italianos, tinha a razão, que falou mais alto, desenhando um veículo prático, fácil de pilotar e de produzir, de baixa manutenção e, principalmente, barato.

Sucesso

Sem imaginar, Corradino D?ascanio tinha inventado o conceito dos scooters, no qual o piloto vai sentado em vez de montado, como em uma motocicleta, além de poder contar com proteção dianteira, pelo escudo frontal, que também atraiu as consumidoras, aumentando muito o mercado. Além disso, pela praticidade, esses veículos ganharam a preferência para deslocamentos curtos, especialmente dentro dos centros urbanos. Esse mesmo conceito foi aperfeiçoado ao longo do tempo e hoje conta com tecnologia de ponta e oferece muitas comodidades para o piloto. Porém, o ícone do passado, lembrado pela nova Vespa LXV 125 ie, tem lugar garantido.

Estilo é o mesmo dos anos 40, mas a tecnologia é atual



Hoje, a Vespa é controlada pela gigante italiana Piaggio, uma das líderes mundiais na produção de veículos de baixa cilindrada. E foi em sua sede, na cidade de Pontedera, região da Toscana, Norte da Itália, próximo das badaladas cidades de Pisa e Firenze, que foi projetada, dentro do centro de desenvolvimento da Piaggio, que é um dos mais conceituados do segmento. Com isso, a nova Vespa LXV 125 ie chega para dar continuidade à história. A adoção da injeção eletrônica de combustível não alterou o visual, já que fica dentro do motor, mas deixou o modelo ligeiramente mais potente, econômico e fácil de pilotar.

Mudanças

O sistema elevou a potência de 10,5cv a 8.250rpm para 10,7cv. Porém, o torque máximo aparece mais cedo, a 6.500rpm, contra 7.250rpm do modelo anterior carburado, tornando as respostas mais rápidas. Esta nova característica do motor deixa a pilotagem no constante para e anda dos centros urbanos mais amena, completada pelo câmbio automático CVT e partida elétrica. O motor, do tipo quatro tempos, tem um cilindro de 124 cm³ e refrigeração a ar forçada por ventoinha e fica acoplado na roda traseira, abrindo espaço para o porta-malas sob o banco. A nova Vespa LXV 125 ie também tem um porta- objetos no escudo frontal.

A cor tem a mesma tonalidade do modelo original, mas o farol foi deslocado do para-lama dianteiro para o guidão. O modelo maior, GTV 250, porém, é fiel, com o farol no lugar original. As rodas são em liga leve, com aro de 10 polegadas de diâmetro na traseira e de 11 na dianteira. O freio dianteiro é a disco, com 200mm de diâmetro, e o traseiro a tambor, com 110mm de diâmetro. A suspensão dianteira é do tipo monobraço e a traseira mono. O tanque comporta 8,2 litros e o banco, em couro com marrom em duas peças, fica a 785 mm do chão. Conta ainda com garupeira cromada e painel com fundo branco e marcador de combustível. Informações: Piva Import (11) 5506-5080.