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Suzuki Inazuma 250 - Relâmpago mecânico

Fabricado na China, o novo modelo da marca japonesa tem motor com dois cilindros paralelos, foi lançado no mercado europeu e será exportado para a América do Sul

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O desenho foi inspirado na prima gigante B-King 1300

O modelo Suzuki Inazuma 250 é uma street equipada com motor de dois cilindros paralelos, com injeção eletrônica e refrigeração líquida. A moto foi apresentada na Europa no fim de 2011 (no salão de Birmighan, na Inglaterra) e começa a ser comercializada no segundo trimestre de 2012. Originária da China, onde é vendida desde 2010 com o nome de GW 250, a Inazuma será exportada para diversos países da Ásia, América Central e América do Sul, que tem o Brasil como maior consumidor. A marca, que é representada no país pela J. Toledo, não confirma, mas o modelo também vai desembarcar no Brasil nacionalizado via Manaus.

O nome Inazuma, que significa relâmpago em japonês, também ajuda a esclarecer uma intricada operação industrial globalizada. Na China, as marcas estrangeiras são obrigadas a se associar com as “nacionais” no processo de produção. Dessa forma, a japonesa Suzuki estabeleceu uma parceria com a chinesa Haojue, que fabrica a motocicleta GW 250 para o mercado interno e exportação (com o nome de Inazuma). O curioso é que a Haojue também tem um acordo com a brasileira Dafra, que produz a motocicleta Riva 150 e o scooter Smart 125, que concorre exatamente com o Suzuki Burgman 125.

CONCORRÊNCIA A Inazuma 250 vai enfrentar uma concorrência acirrada no mercado nacional, enfrentando modelos como Honda CBR 250R, Yamaha Fazer 250, Kawasaki Ninja 250, Kasinski Comet 250 e Dafra Roadwin 250. Para tanto, a moto apresenta um interessante pacote técnico. O motor de dois cilindros paralelos tem quatro válvulas por cilindro, injeção eletrônica e refrigeração líquida e desenvolve 25,7cv de potência (a 8.000rpm) e 2,4kgfm de torque (a 7.000rpm). A marca afirma que o torque já está disponível em bom número a partir dos 4.000rpm, facilitando bastante os deslocamentos urbanos, que é o foco de sua utilização.

Outra comodidade está no painel, que tem conta-giros analógico no centro e uma tela digital, que inclui, além das informações de praxe, relógio de horas, alerta para manutenções programadas, como troca de óleo. Além disso, há uma luz que indica o momento ideal para a troca de marchas (o câmbio tem seis velocidades), em três situações preestabelecidas, selecionadas pelo piloto: standard, normal e eco, para economizar combustível. O processo não inclui alterações no mapeamento do motor, apenas alerta o piloto para as rotações mais convenientes para as trocas de marchas conforme sua opção.

O visual da Inazuma 250 (no Japão também existe o modelo Inazuma 400 com desenho clássico) tem nítida inspiração na gigante naked GSX 1300 B-King (equipada com motor de quatro cilindros em linha), que, por sua vez, também se baseou nos modelos da linha GSR. A semelhança imediatamente motivou o aparecimento do inevitável apelido Baby King, mais palatável que o exótico Inazuma. As rodas são em liga leve, com somente três raios e aros de 17 polegadas, calçadas com pneus sem câmara. As setas dianteiras estão integradas às aletas laterais e o conjunto óptico dianteiro tem farol multifacetado, incrustado em microcarenagem, como destaque.

No tanque arredondado cabem 13,3 litros. A rabeta traseira tem desenho afilado, destoando do conjunto dianteiro. A suspensão dianteira é clássica, com sistema telescópico não invertido; e traseira tem monoamortecedor, sem links. Os freios são a disco ventilados, sendo um em cada roda. O quadro é em tubos de aço, com dupla viga lateral, e os escapes duplos têm saídas baixas e cromadas. O banco fica a 780mm do chão, facilitando as manobras urbanas e o embarque e desembarque. Entretanto, a semelhança com a prima gigante B-king e o quadro em aço cobraram o preço: o peso é de obesos 182 quilos, o que pode ofuscar a luz do relâmpago.

Os freios são a disco ventilados