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Suzuki GSR 150i - Figurino emprestado

Modelo 2012 da Suzuki GSR tem motor de 150cm³ com injeção eletrônica de combustível e câmbio de seis marchas, além de visual semelhante ao da Yes 125. A garupeira tem trava para capacete

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A GSR 150i tem motor de um cilindro, que desenvolve 12,17cv

A japonesa Suzuki, representada no Brasil pela J. Toledo, já tem pronta para entrar no mercado nacional, a partir de setembro, a linha 2012 do seu modelo de briga, a utilitária GSR 150i, sucessora da Yes 125, lançada em 2004 e até hoje sem grandes modificações. A previsão do fabricante é de vender 3 mil unidades por mês. A nova motocicleta vai disputar o principal segmento do mercado brasileiro de duas rodas, que concentra cerca de 80% de todas as vendas internas. Para tanto, a Suzuki preparou um pacote técnico, que inclui motor de um cilindro equipado com injeção eletrônica de combustível, suspensão traseira com dois amortecedores com reservatórios de expansão de gás, painel completo e rodas de liga leve, além de outros detalhes. Mas parou por aí.

A parte estética, embora subjetiva, conservou quase sem retoques os traços da Yes 125, que já merecia reformas, mas atravessou sua quase década de existência intacta, apenas com maquiagens de praxe, para começar a subir no telhado agora. A demorada reação da Suzuki também forneceu munição para a concorrência ampliar a participação, com produtos mais atualizados. O motor com injeção é um avanço, mas chega para se adequar às normas ambientais, que não seriam possíveis com o carburador da Yes 125. O rigor do Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (Promot 3), adiado algumas vezes em função da crise econômica, impôs ainda algumas limitações que interferiram no desempenho.

MOTOR O propulsor da nova GSR 150i, cujo nome procura dissociar o modelo antecessor, com inspiração nas eficientes esportivas da marca, mas que pelo visual está mesmo mais para Yes 150, tem 149,5cm³, injeção eletrônica, refrigeração a ar, duas válvulas e sistema de eixo balanceador para reduzir vibrações, fornecendo 12,17cv a 8.000rpm de potência e torque de 1,08kgfm a 6.000rpm. Números semelhantes aos do modelo Yes 125, que vai escalando o telhado, com 13cv a 8.500rpm e torque de 1,15kgfm a 7.000rpm, só que em rotações mais baixas na GSR 150, facilitando a pilotagem e economia. Apesar do aumento do motor, as restrições ambientais foram as responsáveis pela semelhança dos números das fichas técnicas dos motores.

O painel, com instrumentos redondos, tem indicador de marchas



Outra diferença está no câmbio, que passou a contar com seis marchas e indicação no painel. Composto de duas peças redondas, como nos modelos da década de 1970, o painel, acionado eletronicamente, sem cabos, conta ainda com o conta-giros, velocímetro, indicador de nível de combustível e hodômetros total e parcial em tela digital. Também ganhou luz de indicação da injeção eletrônica. As pedaleiras do piloto são articuladas e as do passageiro fixadas diretamente no quadro, com a peça conhecida como bacalhau, que não transmite as irregularidades do movimento da suspensão para os pés. Ambas em alumínio. Os retrovisores também são novos e cromados, semelhantes aos da B-King, assim como os pesos nas extremidades do guidão e o cabeçote do motor.

GARUPEIRA Como na Yes 125, a nova GSR 150i conta com garupeira na cor prata e trava para capacete sob o banco, que fica a 730mm do solo. As lentes das setas são de cristal e as luzes na cor âmbar. As rodas são DE liga leve com aros de 18 polegadas de diâmetro, calçadas com pneus sem câmara. No pacote de facilidades urbanas, conta com partida elétrica e cavalete central. O freio dianteiro é a disco ventilado, com pinças de dois pistãos. O freio traseiro, entretanto, ainda é a tambor. O tanque de combustível, com capacidade para 14 litros, tem bocal esportivo, como nas motos superesportivas da marca. A suspensão dianteira é convencional telescópica e a traseira conta com dois amortecedores com reservatório de expansão de gás.



Os amortecedores traseiros contam com a prática possibilidade de regulagem manual da pré-carga, ajustando o peso (com e sem passageiro) e adaptando-se às condições do piso. O farol é arredondado, igualmente como nos modelos da década de 1970, enquanto o farolete traseiro está integrado à rabeta. A montadora ainda não informou o preço, porém, já indicou o valor da cota de consórcio de 60 meses, que é de R$ 143,57. A Suzuki, para recuperar o atraso, também vai apresentar o modelo B-King com motor de 250cm³ e visual inspirado na irmã maior muscle bike, e também uma motocicleta de apelo popular, com motor de 100cm³, e características mais urbanas, para servir de modelo de entrada.