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Suzuki GS 120 - Reação por baixo

Com proposta utilitária, a despojada e robusta motocicleta tem freios a tambor, partida a pedal, câmbio de quatro marchas e alimentação do motor por carburador

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Enquanto o mercado nacional de motocicletas experimentava generosas taxas de crescimento nos últimos 10 anos, a Suzuki conseguiu o mais difícil: encolheu sua participação para cerca de 2% do segmento. A falta de novos produtos foi determinante e, somada à crise de crédito, resultou na espiral descendente. Além do tombo, o coice. Com isso, a rede de concessionárias, enfraquecida, também foi reduzida. Para reverter o processo, a Suzuki preparou uma série de lançamentos, composta de seis modelos. O primeiro a sair do forno é a nova GS 120, um modelo utilitário, com apelo popular e preço sugerido de R$ 3.990. Entretanto, o lançamento é pela metade.

 

 

Confira as fotos da Suzuki GS 120!

 

 A nova motocicleta, por enquanto, só pode ser adquirida via consórcio oficial de fábrica e só vai estar disponível a partir de maio. O modelo GS 120 é uma nova tentativa da Suzuki de começar de baixo, disputando a parcela do mercado com maior representatividade e base do consumo: a de modelos de baixa cilindrada, para substituir o transporte coletivo ou servir de ferramenta de trabalho. A estratégia é oferecer um modelo robusto, de reduzido consumo e, principalmente, com forte apelo de preço. A solução para essa equação não tem muito mistério e quase sempre resulta em uma motocicleta pelada, tipo “pé de boi”, para cortar drasticamente custos.

APELO A nova Suzuki GS 120 segue a receita, embora consiga oferecer um razoável equilíbrio entre o pacote técnico e o preço, além de um visual agradável, sem os cacoetes explícitos de gosto e estilos asiáticos. O modelo passou por um desenvolvimento para atender as preferências do mercado brasileiro e suas particularidades. O motor, do tipo quatro tempos, tem um cilindro, com 113cm³ de cilindrada, refrigeração a ar e alimentação por carburador a vácuo. A potência declarada é de 8,43cv a 8.000rpm e o torque chega a 0,89kgfm a 5.500rpm. Números compatíveis com o tamanho e proposta do motor.

Na partida, nada de motor de arranque. Para ligar, só na base do “feijão”, por meio do pedal de partida. Entretanto, com um motor de apenas 113cm³, a tarefa não vai ser pesada. O câmbio tem quatro marchas, com direito a informação da marcha engatada no painel, além de um prático pedal que pode ser acionado também com o calcanhar, economizando o bico do calçado, que sofre bastante com o desgaste em contato constante com a alavanca. Os freios obedecem ao padrão econômico e despojado da nova Suzuki GS 120 e, em vez dos mais eficientes e mais caros discos, são a tambor nas duas rodas.

VISUAL As suspensões também são convencionais. Na dianteira, sistema telescópico não invertido, e na traseira, dois amortecedores com possibilidade de ajuste na pré-carga para adaptação se for necessário rodar com maior peso. O quadro em tubos de aço tem berço simples. O tanque comporta 9,2 litros de combustível. O painel tem velocímetro, hodômetro total e parcial, além de marcador de marcha engatada, em bloco único, com formas mais modernas. O farol é arredondado, com aro cromado. Na traseira uma rabeta bicuda, que destoa do conjunto mais arredondado, e uma garupeira cromada para pequenas cargas.



Completam o visual um para-lama dianteiro envolvente e capa do escapamento cromada. O banco tem boa largura e formato anatômico, em discreto desnível. Um dado chama a atenção: o cárter comporta 1,1 litro de óleo. Como as embalagens são padronizadas, com volume de 1 litro, na hora da troca de óleo, operação frequente para uma moto com pretensões utilitárias, a conta não fecha. O peso em ordem de marcha ou abastecida é de 107kg, que combinados com a reduzida distância entre-eixos, de apenas 1.215mm, proporcionam boa agilidade no trânsito. As cores oferecidas são azul, vermelha, preta, cinza e branca.