A japonesa Suzuki, representada no Brasil pela J. Toledo, apresentou o novo scooter Burgman 125 i, que será comercializado a partir de abril, como modelo 2012, agora equipado com motor dotado de injeção eletrônica de combustível, novo quadro e modernizações de estilo. Lançado em 2005, o Burgman 125 permaneceu carburado e com esta configuração teria dificuldades de atender os requisitos exigidos pela rigorosa legislação de emissões brasileiras, Promot. A solução foi injetar o modelo, modernizando o scooter. Entretanto, a estratégia de saltar o ano, pulando para 2012, já chega com atraso. A marca sofre com carência de lançamentos e atualização da linha de baixa cilindrada, que tem afetado as vendas e, por consequência, a rede de concessionárias, que pena para atrair a clientela, antenada nos avanços da concorrência.
O próximo e natural passo, aguardado pelo mercado, será a modernização da motocicleta utilitária Yes 125, que disputa o concorrido segmento das streets de pequeno porte, base do consumo nacional. Já o Burgman 125, de origem asiática, fez sucesso pela praticidade e agilidade urbana, e também pelo visual, ousando adotar cores vivas, que agradaram ao público jovem. O conteúdo, porém, não sofreu alterações ao longo do tempo, até a chegada da injeção eletrônica. O motor, inteiramente novo, do tipo quatro tempos, tem um cilindro, 124cm³, refrigeração a ar forçada por meio de ventoinha, que fornece 9cv a 7.500rpm e torque de 0,95kgfm a 6.000rpm.
O motor perdeu fôlego em relação ao modelo anterior carburado, que desenvolvia 12,3cv e tinha um torque de 1,1kgfm, embora apresente funcionamento mais suave e redondo com a injeção. Para compensar, o câmbio automático do tipo CVT, continuamente variável, foi redimensionado e encurtado em 3,8%, garantindo mais força nas arrancadas. No outro extremo, o câmbio foi alongado em 9,58%, para proporcionar maiores velocidades finais, com menos giros do motor. A embreagem automática e a partida elétrica completam o pacote de mordomias urbanas, indispensáveis nos scooters.
Entretanto, um dos pilares dos scooters, por sua proposta de praticidade urbana, o porta-malas sob o banco, que permite o transporte de pequenas cargas ou acomodar um capacete na hora de parar, não é dos mais generosos. O espaço só comporta um capacete do tipo aberto. Por outro lado, conta com um porta-luvas no escudo frontal, com gancho para dependurar sacolas e uma garupeira na traseira, para ampliar a capacidade de carga. A proposta de ergonomia continua prática, facilitando o embarque e desembarque, já que o quadro (reestruturado em função do novo motor) não conta com a viga central, como nas motocicletas.
As rodas são de liga leve, com aros de 10 polegadas de diâmetro, calçadas com pneus sem câmara. De um lado, proporcionam agilidade nas mudanças de direção. De outro, são mais vulneráveis às irregularidades do piso. A suspensão dianteira é do tipo telescópica e a traseira com amortecedor único. O freio dianteiro é a disco ventilado e o traseiro a tambor. Já o tanque de combustível comporta 6,4 litros, proporcionando boa autonomia. Com a injeção eletrônica, que exige uma bomba de combustível, o tanque não precisaria ficar acima do motor, sob o banco, para alimentar o carburador por gravidade. Desta forma, poderia ter sido deslocado, aproveitando a reforma, para aumentar o espaço do porta-malas.
O painel também foi refeito. Além do velocímetro, hodômetro, indicador de combustível e luzes de alerta, conta com a luz indicativa da injeção eletrônica. O farol também foi redesenhado e reposicionado. As setas agora compõem o escudo frontal, que ficou mais bicudo, substituindo o para-lama dianteiro. Os espelhos retrovisores ganharam novos desenhos e são pintados na mesma cor da carroceria. O farolete também foi alterado e a chave de contato ganhou sistema de proteção (shutter key), para liberar o tambor. A garupa tem pedaleiras retráteis. As cores são preta, prata, vermelha, branca e amarela e o preço sugerido R$ 5.990.