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Suzuki B-King 1300 - Musculatura metálica

Com poderoso motor que esbanja torque e potência e um visual naked agressivo, que inclui enormes ponteiras de escape, modelo impõe respeito e desperta bastante atenção

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Foto:

O modelo Suzuki GSX 1300 B-King é uma motocicleta que não passa despercebida. Chama tanto a atenção quanto uma banda marcial, por suas formas avantajadas e enormes ponteiras de escape, transformando o piloto em uma espécie de celebridade ambulante, que tem à sua disposição uma verdadeira usina de força, materializada em um motor de quatro cilindros em linha de 1.340 cm³, 183,6 cv a 9.500 rpm e um megatorque de 14,9 kgfm a 7.200 rpm.

O motor, com 16 válvulas em titânio, refrigeração a água e óleo e injeção eletrônica, é o mesmo que equipa a esportiva Hayabusa, capaz de ultrapassar os 300 km/h, só que ao contrário da prima, fica aparente e foi retrabalhado, para gerar mais torque e menos velocidade. Esse mesmo supertorque, tipo caminhão trucado, faz da pilotagem um incrível divertimento, que mistura adrenalina e respeito. É só acelerar que o propulsor reponde instantaneamente, dando a impressão de que a roda traseira quer passar a dianteira.

O elevado torque do motor facilita a pilotagem. O motor, com quatro cilindros em linha, fornece 183,6 cv. As setas dianteiras estão integradas ao tanque de combustível


Recurso
Por conta desse comportamento, ao mesmo tempo prazeroso e arisco, a Suzuki providenciou dois mapeamentos de motor, que podem ser selecionados pelo piloto em um comando em cima do tanque, conforme sua disposição para acelerar ou condições de aderência do piso. Batizado de Suzuki Drive Mode Selector (S-DMS), o sistema no módulo A conserva todo o vigor do propulsor, sem limitações. No módulo B, o motor fica mais suave e dócil, com a entrega de potência mais progressiva.

Para não haver dúvidas, o sistema selecionado aparece no painel destacadamente. Painel que também conta com um computador de bordo, que indica a velocidade média, tempo de viagem, nível do combustível (tanque de 16,5 litros com setas integradas), marcha engatada, relógio de horas e pressão do óleo, além dos indicadores tradicionais, como hodômetro (total e parcial) e conta-giros. Tudo dentro de uma minicarenagem, que também abriga o enorme farol de superfície assimétrica e contribui ligeiramente na aerodinâmica.

Formas
Por conta do enorme torque disponível, pilotar a B-King é quase como guiar uma moto com câmbio automático. As trocas de marcha são minimizadas, já que o motor aceita qualquer desaforo. Basta acelerar que ele responde. A posição é encaixada, com banco em dois níveis, e o piloto fica levemente curvado para frente, vendo a paisagem passar rapidamente. No trânsito, porém, a conversa é outra. A moto fica encalhada, devido às suas superlativas dimensões, e o piloto ainda sofre com o calor quando as ventoinhas do radiador são acionadas.

Se a moto anda muito, também freia bastante, transmitindo segurança. Na dianteira são dois discos, com 310 mm de diâmetro, pinças radiais Nissin. Na traseira, um disco de 260 mm. A suspensão dianteira, Kayaba, é derivada da superesportiva GSX-R 1000, invertida. A traseira é mono (ambas reguláveis), em balança de alumínio, assim como o quadro de arquitetura perimetral. As rodas de liga leve têm aro de 17 polegadas. Na traseira, com pneu 200/50. O câmbio tem seis marchas e o peso a seco é de 235 kg. A moto foi cedida pela concessionária Superbikes de Belo Horizonte (31) 3378-2402 e custa R$ 71.500.