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Sundown Hunter 100 - Cobertor curto

Modelo tem bom pacote de equipamentos de série e motor ligeiramente mais musculoso, proporcionando boa relação custo/benefício. Mas visual é ultrapassado, típico de 1970

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Foto:

Visual remete aos anos 1970, com pára-lama dianteiro envolvente e grande farolete

Nascida em 2005, com motor de 90 cm³, para ser uma espécie de modelo popular e carregar a bandeira de motocicleta mais barata do Brasil, na época com preço de R$ 2.990, a Sundown Hunter evoluiu e passou por uma reforma em 2007, que incluiu novo motor de 100 cm³. Entretanto, conservou a boa relação custo/benefício para quem está com o famoso cobertor curto, nestes dias de incertezas, ou procura a substituição do ineficaz transporte coletivo em trajetos urbanos.

Apesar do título de moto popular, a nova Hunter 100, não abre mão de equipamentos de série, que normalmente são encontrados em modelos mais sofisticados, ou mais caros, como a mordomia da partida elétrica, painel completo, que inclui hodômetro, luzes indicativas, o conta-giros e o marcador de marcha engatada, mas suprimiu o cobre corrente integral (para não respingar óleo na roupa e proteger a corrente, aumentando sua vida útil), e manteve os cavaletes lateral e central, além da garupeira, agora em preto.

Compensação
Com todo esse pacote, o preço sugerido continua o mesmo, embora na prática atinja R$ 3.190. Como não existe mágica no selvagem e competitivo mundo industrial, o custo dos equipamentos inclusos de série são compensados para o fabricante por um projeto mais "idoso", nascido ainda nos anos 1970, que conferem ao modelo visual ultrapassado, típico das primeiras motocicletas de origem chinesa, com pára-lama dianteiro superenvolvente e lanterna traseira destacada e de grandes proporções.

Motor ganhou mais fôlego para acelerar no caótico trânsito urbano


Para queimar etapas e economizar nas altas somas necessárias para projetar e desenvolver seus próprios modelos, usam tecnologia já descartada de fabricantes japoneses, congelando também sua evolução. Por outro lado, oferecem modelos robustos, que, se não estão exatamente enquadrados nos atuais padrões estéticos de mercado, proporcionam baixo consumo de combustível e reduzido custo de manutenção. Para minimizar, ganhou algumas atualizações de estilo, com novos grafismos do tanque e tampas laterais, novo escape pintado em preto, com protetor cromado.

Andando
Para ganhar mais fôlego, o motor da Hunter 100 foi vitaminado com um aumento de 3 milímetros no diâmetro do cilindro, que passou de 86cm³ para 97,2 cm³, aumentando a potência de 5,6 cv a 8.500 rpm para 7,07 cv a 8.000 rpm. O torque subiu de 0,59 kgfm a 5.500 rpm para 0,66 kgfm a 6.000 rpm. Um discreto aumento, que permite uma pilotagem com boa ergonomia e menos estresse, já que para extrair um desempenho melhor é necessário esguelar o pequeno motor, utilizando o prático câmbio rotativo de quatro marchas.

Sem pressa, é mais fácil de administrar suas deficiências, naturais e compreensíveis, de um motor de apenas 100 cm³, com duas válvulas e refrigeração a ar. O quadro, também para reduzir custos, é estampado em chapas de aço (sem os tradicionais tubos), que em situações mais extremadas apresentam torções nas curvas, em função da menor rigidez. Os pequenos freios são a tambor, com 110 mm de diâmetro, que junto com a suspensão dianteira telescópica de 105 mm também devem ser administrados com parcimônia. Já a suspensão traseira tem dois amortecedores reguláveis em cinco posições, com 65 mm de curso. O peso a seco é de 85 kg e as rodas têm aros de 17 polegadas.