Para abastecer um scooter elétrico não é preciso ir ao posto de combustível. Basta procurar uma tomada de 110V ou 220V na garagem e conectar a bateria do veículo para a recarga. Apostando neste segmento, que, além do baixo custo de operação e simplicidade de pilotagem, tem forte apelo ecológico, já que o motor elétrico alimentado pela bateria é extremamente silencioso, e não tem emissão de gases poluentes, a empresa Zeppni (de São Bernardo do Campo, São Paulo) está trazendo, da China, três modelos de scooters elétricos: S500, V500 e S800, que vão adotar o nome comercial de Motor-Z.
Os modelos têm visual típico dos urbanos scooters, com escudo frontal e rodas de pequeno diâmetro (10 polegadas), mas as semelhanças param por aí. Para começar, não têm escapamento, nem embreagem e tampouco câmbio. O motor elétrico, que pode ser abastecido pelas baterias (que ficam sob o banco), é acoplado diretamente na roda traseira, que aumenta a rotação conforme as solicitações do piloto, por meio do acelerador, que, na verdade, é um reostato. Para brecar, existem freios convencionais, a tambor, nas duas rodas.
Inicialmente, a Motor-Z vai importar os modelos da China desmontados, para depois iniciar o processo de nacionalização dos componentes. A rede de revendedores vai partir de São Paulo, para depois atingir outros estados, já que os modelos se destinam exclusivamente ao transporte urbano de pequenos trajetos. O ‘tanque’ de combustível são quatro baterias seladas (com processo igual aos dos automóveis, com chumbo e ácido), de 12 volts cada, ligadas em série, somando 48 volts.
A desvantagem fica na hora de 'abastecer' o tanque, ou de recarregar as baterias. O processo pode consumir entre duas e seis horas, dependendo da carga remanescente. O conjunto pode suportar cerca de duas mil operações de recarga, em condições ideais. Outra desvantagem, típica dos veículos elétricos, é a autonomia. No caso dos scooters Motor-Z (que utilizam baterias de chumbo e ácido), é de cerca de 40 quilômetros, o que limita bastante seu raio de ação e confina seu uso à circunferência urbana das cidades.
Potência
O modelo S500 tem motor elétrico de 500 watts, e velocidade final de cerca de 40 km/h. A suspensão dianteira é convencional, telescópica (de 85 mm), e a traseira tem dois amortecedores. Mais despojado, também é o mais barato: custa R$ 3.650. A capacidade máxima de carga é de 80 kg. Já a capacidade de vencer aclives, não ultrapassa rampas de 15% de inclinação, o que inviabiliza sua utilização em cidades com topografia acidentada. A proposta, porém, é de fornecer transporte limpo, de fácil operação e baixa manutenção, em um segmento que só faz trajetos curtos e quase planos.
O modelo V500 tem o mesmo motor do S500, mas visual retrô, semelhante ao das Vespas. O farol não fica no guidão, mas no escudo frontal, e a suspensão dianteira é do tipo links, também como nas Vespas. O preço é de R$ 3.995. O terceiro modelo é o S800, com motor mais potente, de 800 watts e visual mais esportivo. A velocidade final é de 45 km/h e a autonomia aumenta para 55 quilômetros, a capacidade de carga é de 90 kg, e o preço sobe para R$ 4.510. Além do velocímetro, o painel tem indicador de carga das baterias. Mais informações no site da Motor-Z.