O modelo Hunter 350, da Royal Enfield, com características voltadas para os deslocamentos urbanos, desembarca oficialmente no Brasil em duas versões: a de entrada, batizada de Dapper (Elegante), e a Rebel (Rebelde). Essa última se diferencia pela inclusão do navegador curva-a-curva Tripper, em parceria com o Google.
Os demais componentes, motor, quadro, suspensões, freios e rodas, são compartilhados, entre as duas versões, mas, ao menos, há seis opções de decoração e pintura. A Hunter 350 faz parte da chamada plataforma “J” da Royal Enfield, com produção nacional em Manaus (AM). Assim, divide os componentes mecânicos os modelos Meteor 350 e Classic 350.
Contudo, a nova Hunter 350 (Caçadora) é a mais urbana da trinca, e utiliza, pela primeira vez entre os modelos da Royal Enfield, aro dianteiro menor, com 17 polegadas de diâmetro. A medida tem efeitos colaterais. Por um lado, deixa a moto com mais agilidade nas mudanças de direção, característica que é desejável no trânsito.
Porém, por outro lado, fica levemente mais vulnerável às imperfeições das atapetadas vias urbanas, mitigadas por suspensões que aguentam o tranco. Na dianteira, garfo com tubos de 41 mm de diâmetro e 130 mm de curso com toque retrô das sanfonas de proteção. Na traseira, dois amortecedores, com 90mm de curso e seis regulagens na pré-carga.
Motor da Royal Enfield Hunter 350
O motor, com um cilindro vertical arrefecido a ar, tem 349,34 cm³ e fornece 20,2 cv de potência a 6.100 rpm e 2,8 kgfm de torque a apenas 4.000 rpm. Esse torque produz outro efeito colateral: permite boas retomadas, uma apetitosa característica para o habitat urbano. Além disso, possibilita a adoção de um câmbio de cinco velocidades, que reduz o esforço de trocar constantemente as marchas no trânsito.
O robusto motor de duas válvulas foi ligeiramente ajustado (em relação às motos Meteor e Classic, da plataforma J), assim como o escape, para as novas funções mais urbanas. Outro ajuste foi no quadro em tubos de aço. A nova ciclística tem ângulo de cáster levemente mais fechado, bem como entre-eixos menor, com 1.370 mm. O conjunto, somado à roda dianteira de 17 polegadas, confere mais agilidade na “costura” do trânsito.
Ergonomia
A tarefa de circular por períodos maiores exige uma ergonomia menos torturante. O triângulo imaginário entre a altura do banco (em dois níveis), a 790 mm de solo, com joelhos encaixados, pedaleiras mais centrais e guidão mais alto, permite uma condução confortavelmente “ortopédica” e intuitiva. Uma espécie de caçadora de trânsito.
No tráfego diário, a praia da Royal Enfield Hunter 350, também é necessário brecar constantemente. Tarefa que fica a cargo de um "discão" de 300 mm na dianteira, mordido por pinça Bybre de dois pistões. Na traseira, também há um "discão", de 270 mm de diâmetro (medida superdimensionada), com pinça de pistão simples. Ambos têm ABS. O conjunto é eficiente e sem sustos.
Estilo
O grande lance da Royal Enfield Hunter 350, entretanto, é o estilo. O visual, ao mesmo tempo retrô e moderno, é harmonioso: quem a vê, não imagina que a moto tem 181 kg de peso quando abastecida. O farol redondo (halógeno), assim como os instrumentos do painel, as setas e a lanterna traseira, conferem um simpático desenho “velha escola”.
O contraponto moderno fica por conta das rodas em liga-leve, calçadas com pneus sem câmara com medidas 110/70 na dianteira e 140/70 na traseira, e pelas alças em alumínio para o passageiro. Já o tanque de combustível, também arredondado, ao estilo “old school”, tem 13 litros de capacidade, porém traz decorações ousadas e modernas.
Outra atualidade é a tomada USB para conectar eletrônicos, como o smartphone e a comodidade do cavalete central para estacionar. Com estes predicados, além da boa relação custo/benefício, a marca espera atrair um público mais jovem e aumentar em cerca de 50% o volume de vendas. O preço sugerido, sem frete, da Royal Enfield Hunter 350 Dapper é de R$ 19.990. A versão Rebel, com o navegador Tripper, custa R$ 21.990.
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