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Polícia Militar faz campanha para coibir crimes com motos

No Motofair, corporação demonstrou operação que foca os motociclistas em grandes ruas e avenidas de Belo Horizonte

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Um estudo feito pela Polícia Militar em 2010 e 2011 revelou que a maior parte dos delitos cometidos na Grande Belo Horizonte era praticada com o auxílio de uma motocicleta. Quase todos os casos de latrocínio, o roubo seguido de morte, foram realizados com motos nesse período. Os dados eram preocupantes e deixou claro que a moto contribuiu para o aumento da criminalidade em Minas.

A PM resolveu intensificar as blitzes educativas. "O objetivo dessa blitz é transformar grandes corredores da capital em referência de segurança naquele momento, assim, o cidadão que ver a operação da PM terá certeza que está em um local seguro", explica o Tenente Ocimar, da 7ª companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar.

Mas a ação mais incisiva da PM foi a criação da 'operação impacto', tendo como foco os ocupantes de motocicletas. Na tarde deste sábado (31), no Motofair, a corporação mostrou como o motociclista deve reagir em uma operação da PM e simulou a blitz dentro do pavilhão do Expominas, onde ocorre a feira de motos.

Nesse tipo de operação, a PM cerca um corredor da capital enquanto o semáforo está fechado para os veículos. São usados nove homens, três motos e duas viaturas. Cada motociclista é revistado e os documentos são conferidos.

A 'operação impacto' teve início em janeiro deste ano e o resultado foi positivo. Segundo a Polícia Militar, já foram apreendidas 11 armas e 188 veículos foram apreendidos por serem usados como instrumentos de crimes. A operação resultou, também, em 51 pessoas detidas ou conduzidas para investigação de crimes.



Saidinha de banco

O famoso golpe conhecido como 'saidinha de banco', usava a moto como uma das principais armas para o crime. De acordo com o Tenente Ocimar, após as operações específicas para os motociclistas, os crimes contra o patrimônio diminuíram 36%.

Dicas

A polícia pede para que os motociclistas mantenham a calma durante as abordagens, que dura menos de dois minutos.

O motociclista deverá desligar a moto, saltar, retirar o capacete e aguardar a revista do policial.

Se o policial suspeitar de algo, o motociclista é encaminhado para a calçada, onde é feita uma averiguação mais completa e o trânsito é liberado normalmente.