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Perfil do motociclista - Quem é você?

Pesquisa traça perfil do comprador de motos novas e constata que consumidor está mais amadurecido, usando veículo basicamente na cidade, para ficar livre do ônibus

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Muito mais do que um veículo, a motocicleta é vista como uma solução de transporte por enorme contingente da população, devido à ineficiência do sistema público. Mas quem são esses usuários? Qual é o perfil do comprador de motos e como ele usa o veículo? Para responder a essas e outras perguntas, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motos e Motonetas (Abraciclo) realiza pesquisa permanente, que acompanha as mudanças de comportamento e traça o perfil do consumidor brasileiro de motocicletas.

Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), dos 10 veículos mais vendidos na Região Sudeste, entre janeiro e junho, cinco são motos. As duas primeiras colocadas, comercializam o triplo do volume do terceiro, quando então aparece o primeiro carro. Nesse ritmo de crescimento, em 2008, segundo as projeções, a produção de motos vai ultrapassar a de automóveis pela primeira vez, desde a implantação da indústria, em 1970, e continuará crescendo.

Pesquisa
De acordo com a Abraciclo, os compradores de motos se dividem em 76% de homens e 24% de mulheres. A participação feminina vem crescendo e já representa quase um quarto dos consumidores. Situação bem diferente de 1992, quando eram apenas 14%. A faixa etária de maior consumo de motos novas vai dos 21 aos 40 anos, com 66% de participação.

Outro dado interessante apurado pela pesquisa é com relação ao estado civil do comprador de motos novas: 57% são casados, revelando que a motocicleta também serve como o primeiro veículo da família, já que apenas 36% dos entrevistados dizem também ter automóvel. As razões de compra confirmam o raciocínio, já que 40% declaram que adquiriram a moto para substituir o transporte coletivo; 10% para substituir o carro; e 16% como ferramenta de trabalho, como os motofretes, motoboys, mototáxis etc.

Concentração
As atividades de motofrete, motoboys, mototáxis (especialmente no interior do Brasil) surgiram exatamente pela agilidade da motocicleta e asseguram renda a uma grande parcela de mão-de-obra que chega ao mercado de trabalho e não encontra colocação. Pelas características de economia, mobilidade e substituição do transporte coletivo, o local de uso fica concentrado nas cidades, com 93% dos usuários, reforçando a praticidade da moto.

Outro dado que retrata o amadurecimento do mercado é que 72% dos compradores afirmam que não é sua primeira moto. Ou seja, o consumidor que entra no segmento permanece nele. A pesquisa mostra ainda que 80% declaram que usam a moto individualmente e 20% a compartilham. No quesito finalidade de uso, 74% revelam que usam a moto para ir ao trabalho ou à escola, e também como instrumento de trabalho. Com relação à forma de aquisição, surpreendentemente 23% compram à vista, 36% optam pelo consórcio, 40% por financiamento e 1% preferem outras modalidades.