UAI

NCR MILLONA M16 - O sumo do sumo

Produzido artesanalmente e sob encomenda, modelo tem motor do tipo V4, com 200cv na roda e apenas 145kg de peso, por conta do emprego de matérias nobres, como titânio

Publicidade
Foto:

<a href="javascript:var discard=window.open('http://twitter.com/portalvrum', '_blank', '')"><strong><img src="http://www.divirta-se.uai.com.br/arquivos/imgs/twitter_2.png" border="0" alt="" /> Acompanhe tamb&eacute;m o VRUM pelo Twitter</strong></a>

Segundo os perfeccionistas, tudo pode ser melhorado, aperfeiçoado e

desenvolvido. Mesmo que, aparentemente, seja quase um milagre. É o caso

da motocicleta italiana NCR Millona M16. O modelo foi baseado na Ducati

Desmosedici DD 16RR, que por sua vez é inspirada na Ducati de MotoGP.

Ou seja, uma moto para disputar a competição mais rápida e tecnológica

do planeta, equipada com parte elétrica e homologada para rodar na rua.

A NCR topou o desafio e criou a Millona M16 como uma espécie de

criatura que superou o criador, um modelo mais leve, mais potente e com

ainda mais tecnologia e eletrônica embarcada.

A história da NCR

é parecida com tantas outras do Norte da Itália. Uma pequena oficina,

dirigida por apaixonados por motos, que desenvolvem seus modelos sem a

preocupação com os conselhos dos economistas, que apregoam que a

produção em larga escala viabiliza o negócio. Na contramão das

recomendações, os três sócios fundaram em 1967, nos subúrbios de

Bolonha, uma pequena mecânica de preparação de motos. Rino Caracchi,

Giorgio Nepoti e Rizzi emprestaram as iniciais de seus nomes para

batizar a empresa, que algum tempo depois perdeu Rizzi. Para não

desfigurar a essência da marca, o erre de Rizzi foi devidamente

substituído e batizado de Racing.

EXCLUSIVA A

história de preparações da NCR para motos de competições ganhou força

pelos expressivos resultados, inclusive com parceria com o astro e

campeão Mike Hailwood. Outra parceria, que dura até hoje, é exatamente

com a Ducati, que não por acaso está estabelecida em Borgo Panigale,

região de Bolonha, Norte da Itália. Essa cooperação possibilitou a

construção da NCR Millona M16, com motor Ducati. A construção, porém,

diferentemente da Ducati, é totalmente artesanal. O requinte chega a

tal ponto que a pequena fábrica é chamada de ateliê, já que os modelos

são exclusivos e de alta performance, para clientes especiais.

A

nova NCR Millona M16 foi apresentada durante o evento World Ducati

Week, WDW, que reuniu fiéis seguidores da marca de todas as partes da

Europa e do mundo, na tradicional pista de Misano, Norte da Itália, em

10 de junho. A produção é totalmente artesanal, com rígidos critérios

de qualidade e somente sob encomenda, mas o preço não foi revelado. A

conta, entretanto, fica extremamente salgada e indigesta, já que o

modelo em que se baseia, a Ducati Desmosedici DD16RR, já é totalmente

exclusiva e custa cerca de 70 mil euros (R$ 157 mil) na Europa. A NCR

Millona M16, produzida com abuso de matérias nobres, mais que dobra a

fatura.

TÉCNICA A NCR Millona M16 é construída

em fibra de carbono, titânio e alumínio aeronáutico. Com tecnologia

desenvolvida pela NCR, o quadro é em fibra de carbono, assim como o

subquadro, tanque e também as rodas, com aros de 17 polegadas. Outros

componentes, como carenagens e para-lamas, também são feitos com fibra

de carbono. Já o escape, desenvolvido e produzido pela NCR, com saída

alta sob a rabeta traseira, é de titânio, assim como o guidão e a tampa

da embreagem, com sistema de antitravamento. O resultado é um peso de

apenas 145kg a seco. Inferior até mesmo ao modelo de MotoGP, que beira

os 150kg, por força do regulamento.

O motor é um V4, com 989cm³,

equipado com injeção eletrônica e refrigeração líquida, que foi

devidamente retrabalhado pela NCR. O propulsor desenvolve nada menos

que 200CV, medidos na roda. Mais potente e leve do que a Desmosedici e

equipado com três mapas de gerenciamento e telemetria, próprios da NCR.

A suspensão dianteira é Ohlins, igual à usada nas pistas, com tubos de

43mm de diâmetro. A suspensão traseira é mono, também Ohlins, em

balança com desenvolvimento exclusivo. O freio dianteiro tem dois

discos de cerâmica, também de competição, com pinças Brembo monobloco

de quatro pistãos. O freio traseiro tem 220mm de diâmetro e o câmbio,

com peso aliviado, seis marchas.

O motor desta máquina rende nada menos do que 200cv de potência