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Museu da Moto de Tiradentes conta com exemplares valiosos de diferentes marcas

Acervo valioso exposto na cidade mineira reúne motocicletas raras, nacionais e exóticas, contando a história da evolução das duas rodas ao longo das últimas décadas

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Museu da Moto de Tiradentes conta com exemplares valiosos de diferentes marcas
Museu da Moto de Tiradentes conta com exemplares valiosos de diferentes marcas Foto: Museu da Moto de Tiradentes conta com exemplares valiosos de diferentes marcas

O Museu da Moto abriga 83 modelos distribuídos em uma área de 2.800 metros quadrados

 

Sem qualquer apoio oficial, Rômulo Filgueiras construiu o Museu da Moto em Tiradentes, em uma área de 2.800 metros quadrados, que inclui o espaço das motocicletas, amplo estacionamento, loja e café. Também estão nos planos miniaturas, uma biblioteca e acervo para consultas, além de oficina de restauração. É que para entender o presente e imaginar o futuro, é preciso conhecer o passado. E foi assim que surgiu a paixão, já que andava de moto mesmo antes de nascer, na barriga da mãe, que ia de moto na garupa do pai. A coleção reúne 83 modelos e mais 14 em restauração, que vão das décadas de 1920 a 1990, além de muitas curiosidades e modelos exóticos.

Moto trator Rokon, com tração nas duas rodas


A belga FN com 1,5cv, de 1909, por exemplo, considerado o modelo mais antigo do Brasil, além do celerífero francês de 1790, considerado o conceito das motos. A Draisiana, em homenagem ao barão alemão Karl Drais, de 1817, e que está completando 100 anos, sem motor, mas com regulagem de banco e a invenção do guidão para guiar. O acervo também conta com as motos nacionais, as que vieram com os imigrantes, modelos americanos, asiáticos e europeus, incluindo o Leste, com a então Tchecoslováquia, Rússia, Hungria, Alemanha Oriental e Bielorrússia, com marcas que ainda são produzidas e outras que já não existem mais.

 


Na década de 1920, os destaques são para a Triumph 500, de 1928, e a Sarolea 350, de 1929. Na década de 1930, a DKW 200, de 1935, é a representante. Na década de 1940, o modelo Royal Enfield 350 Bullet, de 1947, é o destaque. Os anos dourados de 1950 foram pródigos, com os modelos Ariel 500, de 1951, Zundapp 600, de 1950, Harley Davidson 1200, de 1948, Indian Chief 1200, de 1947, Vespas, Lambrettas, Jawas e a Salsbury, uma espécie de scooter que imitava carros. Da década de 1960, as japonesas aparecem com a Honda 125 dois cilindros, de 1969, a Honda CD 90, de 1964, a Yamaha A-1 125, de 1964, e a Suzuki A-100, de 1969.

Fabricada em São Paulo pela Brumana Pugliese, a Xispa 175, de 1973, era um misto de moto e Lambretta

 

Ala das Hondas, incluindo a 32ª CG 125, que estrelou comercial com Pelé na década de 1970


Da década de 1970, a Honda CG 125 (a 32ª da linha), a CD 250, a CB 50, de 1974, e as Yamaha RD 50 e 75, de 1975 e 1977. A nacional Xispa, de 1973, e as alemãs BMW R-90 (a primeira carenada esportiva) e as Suzuki GT 380 e 750 com três cilindros. Nos anos 1980 estão a Suzuki Katana (espada samurai) 750, de 1981, com quatro cilindros, e a Honda XL 250, de 1982. Nos anos 1990, o destaque é a BMW K-1 com ABS de série, e nos anos 2000, a Aprilia Moto 650, com motor Rotax, desenhada por Philippe Starck. Além disso, tem também a ala das espanholas, com destaque para a Montesa H6 360 fora de estrada. O museu fica na Avenida Israel Pinheiro, 35, (31) 99976-6777. Horário: das 10h às 18h. Entrada: R$ 10. Crianças não pagam.

Suzuki Katana 750, de 1981, leva o nome de espada japonesa, e tem banco integrado ao tanque

Suzuki GT 750, de 1975, equipada com motor três-cilindros dois tempos

A americana Salsbury, de 1947, precursora dos scooters, com acelerador no pé, imitava o desenho dos automóveis, e foram fabricadas menos de mil unidades

Relíquia histórica: o celerífero, de 1790

O estilo custom da Indian Chief 1200, de 1947

As Vespas representaram a era do %u201Cpaz e amor%u201D, marcando época

Triumph 500, de 1928

A inglesa Royal Enfield Bullet 350, de 1949

A italiana Aprilia Motó 650, de 2000, projetada pelo badalado arquiteto francês Philippe Starck, vencedor de vários prêmios de design

Honda CB 125, com motor de dois cilindros, de 1969

Ala das Yamaha RD 50 e 75, de 1975 em diante, as japonesas pioneiras no Brasil