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Modelo de entrada da italiana Ducati, a Scrambler Icon, tem um pé no passado e outro no futuro

Com estilo retrô, mas comodidades atuais, Ducati Scrambler Icon é despojada, equipada com motor de dois cilindros e freios ABS. O quadro com tubos de treliça segue a tradição da marca

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Modelo de entrada da italiana Ducati, a Scrambler Icon, tem um pé no passado e outro no futuro
Modelo de entrada da italiana Ducati, a Scrambler Icon, tem um pé no passado e outro no futuro Foto: Modelo de entrada da italiana Ducati, a Scrambler Icon, tem um pé no passado e outro no futuro

O farol tem luz de posição com LEDs

 

O modelo de entrada da Ducati tem um pé no passado e outro no futuro. A Scrambler Icon revive o visual dos anos 1960, com estilo que mescla tendência, mas com tecnologia atual. O termo scrambler, algo como misturado, surgiu para definir um tipo de moto que vinha ganhando evidência na Europa. Modelos de asfalto, adaptados para rodar também na terra. Desta forma, ganhavam modificações, como escape de saída mais alta, guidão mais largo, além de modificações nos para-lamas e nas suspensões, para resistir às maiores exigências das irregularidades do piso. O peso também era aliviado, retirando os supérfluos.

O guidão é bem largo e o banco praticamente reto


Com o tempo, o jeitão scrambler deixou de ser uma adaptação meio amadora e a mistura virou um segmento, produzido diretamente pelas fábricas, incorporando muitos desenvolvimentos. A Ducati relançou os modelos scrambler, desembarcando no Brasil, via produção em Manaus, Amazonas, no início de 2015, com quatro modelos. A considerada mais básica. Icon, a Full Throttle (algo como máxima aceleração), a Classic e a Urban Enduro. Todas com a mesma base mecânica, herdada do descontinuado modelo Monster 796, mas com diferenças de acabamento e ajustes para cada tipo mais específico de utilização.

 

 

SIGNIFICADO A palavra Icon em português significa ícone, símbolo. É desta forma que a italiana Ducati considera o modelo, que foi produzido pela primeira vez em 1962, com motor 125cm³, de um cilindro. Depois, vieram as versões 250 e também a 450, igualmente com motor de um cilindro. A nova Icon tem o visual baseado nas antigas, mas o motor agora é um dois cilindros, com a tradicional arquitetura em L, com refrigeração a ar e a óleo, e o clássico comando de válvulas desmodrômico, com 803cm3 de cilindrada. O conjunto fornece 75cv a 8.250rpm e torque de 6,9kgfm a 5.750rpm, acoplado a um câmbio de seis marchas.

As rodas são de liga leve, calçadas com pneus mistos


O modelo tem as características básicas de uma moto robusta. O banco é praticamente reto, o guidão bem largo, tanque (13,5 litros de capacidade) com formato clássico, além de painel e farol arredondados. Nada de ousadia no desenho, que segue a linha naked despojada, “pau para toda obra”. Entretanto, algumas modernidades foram incluídas no visual e na técnica. O farol tem luz de presença com LEDs, assim como o farolete traseiro. O painel tem elementos analógicos e digitais, porém fica devendo o marcador de nível do combustível. A suspensão dianteira é invertida Kayaba, com 41mm de diâmetro e 150mm de curso.

Na traseira, o sistema de freios conta com disco simples de 245mm


ANDANDO A suspensão traseira é do tipo mono, em balança assimétrica de alumínio, como nas motos de competições, com 150mm de curso. Os pneus são mistos, porém em rodas de liga leve, com aro de 18 polegadas na dianteira e 17 na traseira. Um arranjo que faz o contraponto no estilo retrô e confere surpreendente agilidade no asfalto. A posição de pilotagem, com a coluna mais ereta, permite rodar por longos períodos sem castigar tanto, inclusive nas cidades. Entretanto, apesar do nome e dos pneus, não é bom abusar na terra, com o agravante do escape bem curtinho ficar mais exposto, com saída mais baixa.

O motor tem dois cilindros com refrigeração a ar e a óleo


O motor tem uma pegada vigorosa, facilitando as retomadas de velocidade, além de um ronco agradável, mas transmite calor. Assim como a proposta despojada, a Scrambler Icon não conta com largo pacote eletrônico. Somente os freios têm sistema ABS. Em compensação, param um caminhão. Na dianteira, um disco de 330mm, com pinça Brembo de quatro pistãos. Na traseira, disco simples de 245mm. O quadro também segue a receita tradicional da Ducati, com tubos em treliça e o motor fazendo parte do conjunto. Para completar, tem a comodidade de uma saída USB embaixo do banco. O preço sugerido é de R$ 38.900. Informações: (31) 3245-7880.

O escape tem saída curta e baixa



RAIADAS

DGR O evento mundial Distinguished Gentlemans Ride (DGR), com patrocínio da Triumph, reúne “distintos cavalheiros” para um passeio de moto, com trajes dos anos 1940 e 1950. Belo Horizonte está no roteiro, que será em 24 de setembro. A confraternização também arrecada fundos para pesquisas sobre câncer de próstata. Informações: www.distinguishedride.com.

CRIVILIN O piloto brasileiro Bruno Crivilin, que compete pela mineira Orange BH KTM, venceu a prova Red Bull Romaniacs 2017, disputada na região de Sibiu, Romênia, na categoria Silver, em 29 de julho. Em uma das provas estilo hard enduro mais difíceis do mundo, Crivilin fez história, vencendo pilotos de todo o mundo, e deve desembarcar no Brasil no início da semana.

PILOTAGEM A Triumph e a concessionária Triumph BH estão organizando cursos de pilotagem, tanto no asfalto quanto na terra, com a equipe de instrutores da fábrica, nos dias 26 e 27. Além da pilotagem, também haverá palestra e aulas de mecânica na parte teórica e prática. Informações: (31) 3297-1000.

ASFALTO O curso de pilotagem no asfalto será no Megaspace, em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, no dia 26. Entre os exercícios, técnicas de curva em contra-esterço, técnicas de frenagem com e sem ABS, preparação da moto, verificação e outros temas de segurança.

TERRA O curso Off Road será no complexo de pistas Trilhas da Serra, também em Santa Luzia (próximo ao mosteiro de Macaúbas), no dia 27. Técnicas de curvas, de frenagem, de levantar a moto big trail sem esforço, também estão na pauta. São apenas 20 vagas.