Em todas as modalidades esportivas, um início mais precoce acaba favorecendo a formação do atleta. No mundo motociclístico, não é diferente, embora, um pouco mais complicado, por causa da carência de motos especiais e competições apropriadas. Pensando nisso, a Honda da Itália, em colaboração com a Honda Japão e seu departamento de competições, o poderoso HRC, desenvolveu moto para pilotos mirins, que pode ser espécie de programa-piloto mundial.
A minimoto NSF 100 não é uma adaptação, mas um modelo construído especialmente para competições. Inclusive no visual, que lembra o das motos oficiais, que disputam o Mundial de Moto GP. Para pilotar as minimáquinas, foi criado um programa de formação de novos pilotos, batizado de HIRP (Honda Italian Racing Project), que vai ter com um campeonato em pistas de kartódromos e outras construídas em estacionamentos.
Preparação
Serão abertas 21 vagas para pilotos com idades entre 9 e 13 anos, que vão contar com assistência de um preparador físico, um psicólogo, dois instrutores técnicos (pilotos profissionais) e todo o suporte mecânico. Serão duas baterias a cada fim de semana de prova, com 15 minutos de duração, mais duas voltas. A intenção é formar novas gerações de pilotos. Exatamente o que falta ao Brasil, onde a renovação é quase nula e os incentivos esporádicos.
A Honda NSF 100, usada pelos pilotos mirins, tem todos os requintes. O motor de um cilindro e 99,2cm³, com refrigeração a ar e alimentação por carburador, tem potência compatível com o propósito. São 8,3cv a 9.500rpm e torque de 0,75kgfm a 7.000rpm. O câmbio tem cinco marchas e os freios são a disco. Assim, o pequeno piloto já vai aprendendo as regulagens mais adequadas para cada pista. O peso a seco é de apenas 73,6 quilos, a suspensão traseira mono e a dianteira telescópica.
A pequena NSF 100 tem carenagem, rodas de aros de 12 polegadas em liga leve, calçadas com pneus 100/90 na dianteira e 120/80 na traseira. O quadro tem arquitetura perimetral e a altura do banco fica a somente 681mm do chão. Os vencedores de cada torneio, ou selecionados por seu rendimento, na avaliação do psicólogo e preparador, recebem incentivos e suporte técnico para prosseguir na carreira, subindo os degraus rumo às categorias superiores.