Recheadas de tecnologia, as minimotos esportivas têm visual inspirado nas consagradas irmãs maiores e desempenho muito acima da média, que acaba virando o sonho de muito baixinho. Uma equação que resulta em preços salgados para os bolsos dos pais, já que grande parte da freguesia-alvo ainda não tem renda própria, estreitando o mercado. Na estratégia das montadoras, o que vale mesmo é o cartão de visitas e a fidelização do consumidor, que provavelmente vai continuar com a marca, com motos cada vez maiores e ainda mais caras.
A Honda modernizou a sua miniesportiva CBR 125R, que surgiu em 2004 e permanecia sem alterações. Fabricada na Tailândia, para abastecer o mercado europeu e americano, a menor da família CBR passou por uma plástica, que a deixou mais parecida com as irmãs maiores, especialmente a CBR 600RR, que foram sendo constantemente modernizadas. O motor de 124,7 cm³, do tipo quatro tempos de um cilindro, refrigerado a água, ganhou o sistema de injeção eletrônica de última geração.
O coração com a nova alimentação fornece 13,6 cv a 10.000 rpm e torque de 1,06 kgfm a 8.250 rpm. Para aproveitar melhor o motor, o câmbio tem seis marchas. No visual, os faróis são do tipo olhos puxados e a carenagem, integral. A posição de pilotagem também é totalmente esportiva, com ergonomia que deixa o piloto mirim mais deitado para a frente. O quadro em dupla trave é feito em aço, mas as rodas são em alumínio. O freio dianteiro tem disco de 276 mm com pinça de duplo pistão e o traseiro, de 220 mm.
Turma
A suspensão dianteira é do tipo telescópica com tubos de 31 mm de diâmetro e 109 mm de curso. A suspensão traseira é do tipo mono, com 10 mm de curso. O peso a seco é de 118,9 kg e o tanque comporta 10 litros. O preço, na Europa, é de 3 mil euros. Com raciocínio idêntico, a também japonesa Yamaha lançou a YZF-R 125, uma espécie de clone das badaladas superesportivas R-6 e R-1. A nova YZF-R 125 também tem motor do tipo quatro tempos, equipado com injeção eletrônica e refrigeração líquida.
Para "respirar" melhor, conta com tomada de ar no bico da carenagem, dominado por dois faróis. Com o recurso, o motor de 124,6 cm³ da mini-YZF rende 15 cv a 9.000 rpm e fornece torque de 1,25 kgfm a 8.000 rpm. Assim como nas irmãs maiores, a arquitetura do quadro é Deltabox, com traves laterais. Entretanto, é em aço. O alumínio aparece na balança da suspensão traseira, que tem desenho semelhante ao da R-6, assim como o suporte da placa, que fica praticamente suspenso.
O escape também tem semelhanças com as irmãs mais fortes, com saída baixa e mais curta. A suspensão dianteira é telescópica com tubos de 33 mm de diâmetro e 130 mm de curso. A suspensão traseira tem 125 mm de curso. Assim como na Honda CBR 125, as rodas são em liga leve, com aros de 17 polegadas. O câmbio tem seis marchas, o freio dianteiro é a disco de 292 mm, com pinça de dois pistãos e o traseiro, de 230 mm. O peso a seco é de 126,5 kg e o tanque comporta 13,7 litros. O preço na Europa é de 3.990 euros.