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KTM 1190 Adventure: boa para rodovias, longas distâncias e para o trânsito das cidades

Com motor de dois cilindros em V de 150cv e muita eletrônica embarcada, moto da marca austríaca desembarca ao país com o slogan 'pronto para competir'

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KTM 1190 Adventure: boa para rodovias, longas distâncias e para o trânsito das cidades
KTM 1190 Adventure: boa para rodovias, longas distâncias e para o trânsito das cidades Foto: KTM 1190 Adventure: boa para rodovias, longas distâncias e para o trânsito das cidades

Mais compacta e leve, tem maneabilidade favorecida

Uma das orientações que norteiam a marca austríaca KTM, que está oficialmente no Brasil, vem das competições. Todo o desenvolvimento obtido nas pistas e nas provas nos quatro cantos do mundo, depois de testado e viabilizado, vai para os modelos comerciais. A ligação é tão estreita que o próprio slogan da marca é a ousada frase “ready to race”, ou em português, “pronto para competir”. Esse é o espírito do modelo 1190 Adventure, uma big trail que desembarca no país pronta para encarar grandes distâncias sem escolher o tipo do piso.

O motor, com dois cilindros em V, de 1.195cm³, inclinados a 75 graus, foi herdado da superesportiva RC-8. Um verdadeiro míssil do asfalto, que, por sua vez, teve o motor aproveitado dos modelos de competições fora de estrada, como o rali Paris Dakar, que venceu diversas vezes. Exatamente a necessidade das competições, que exigem propulsores compactos e leves, mas potentes, gerou esta família de motores, batizados de LC8, que agora incorpora muita eletrônica para atender tanto as solicitações de uma tocada esportiva no asfalto quanto na terra.

MOTOR
A potência é de 150cv a 8.000rpm e torque de 12,75kgfm a 7.500rpm. Números capazes de deixar muitas esportivas com inveja. Porém, o segredo para domar a cavalaria vem da eletrônica. Um festival de regulagens que permite ajustar as suspensões em três níveis, para rodar só com o piloto, com o piloto e bagagem ou com passageiro e bagagem. Além disso, também é possível regular três configurações de resposta de amortecimento das suspensões: modos conforto, estrada e o esportivo, para uma pegada mais nervosa.

A eletrônica não para aí. São quatro modos de pilotagem: street, sport, rain (chuva) e off-road, que permitem entrega de potência e controle de tração, variando a intensidade da atuação, inclusive para rodar na terra. Tudo monitorado no painel. Para tanto, além do conta-giros analógico, são duas telas digitais que contam ainda com o computador de bordo. Entretanto, a novidade está no sistema de freios ABS. Ele percebe a velocidade e inclinação da moto e, se as duas estiverem “incompatíveis”, atua para corrigir a “barbeiragem”.

A eletrônica permite ajustar suspensões e resposta do motor



ANDANDO

A grande experiência no fora de estrada da marca reflete na 1190 Adventure. É mais compacta e leve. Andando, parece ser menor, permitindo ótima maneabilidade, inclusive nas cidades. Para reduzir peso, de somente 217kg a seco, adotou a corrente na transmissão final em vez do cardã. O preço é que, ao contrário do cardã, tem que ser lubrificada constantemente, um incômodo em viagens longas. Porém, para maior conforto, tanto o banco quanto o para-brisa podem ser regulados na altura, permitindo que o piloto vista melhor a motocicleta.

Na hora de acelerar, a veia competitiva aparece forte. Depois que o motor enche, o comportamento nem parece o de uma big trail e beira uma apimentada esportiva. Ainda bem que os freios respondem de forma obediente. Na roda dianteira, dois discos de 320mm de diâmetro, e, na traseira, um de 267mm. Para encarar curvas, a roda dianteira tem 19 polegadas de diâmetro. Uma medida intermediária entre o fora de estrada, com 21 polegadas, e as esportivas, com 17. Porém os aros são raiados, melhores na terra, assim como as suspensões de maior curso. O preço sugerido é de R$ 74 mil.