A linha Z da Kawasaki completou 50 anos, marcados pelo lançamento do admirado modelo Z1, com motor de quatro cilindros em linha e 900cm³, em 1972. Um verdadeiro míssil, com banho de tecnologia (para a época), que utilizava pela primeira vez o duplo comando de válvulas. O batismo veio dos extremos, como sua proposta. A letra Z, por ser a última do alfabeto, e o algarismo 1, por ser o primeiro.
De lá para cá, já foram lançadas dezenas de versões da linha Z, como o modelo Kawasaki Z 650RS, que chega ao mercado nacional, fazendo referência ao passado com estilo “retrô moderno” e preço sugerido de R$ 48.530. A tecnologia empregada em sua construção, porém, é a atual, assim como a herança dos extremos.
A Kawasaki está instalada oficialmente no Brasil, com planta em Manaus, Amazonas, desde 2008. O motor de dois cilindros em linha e 649cm³, dotado de duplo comando e oito válvulas, entrega 68cv a 8.000rpm e torque máximo de 6,7kgfm a 6.500rpm.
É o mesmo propulsor que sai da linha de montagem de Manaus para equipar a Versys 650, estilo on-off road, a custom Vulcan 650 e a naked Z 650. Uma versatilidade que indica a proposta da Kawasaki Z 650RS. Um modelo para o dia a dia e também para encarar as escapadas apimentadas no tapete preto.
Estilo que remete ao passado
Nada de firulas aerodinâmicas e carenagens. As linhas da Kawasaki Z 650RS são arredondadas, com tanque de combustível de 12 litros em forma de gota, o banco praticamente reto e a rabeta e lanterna igualmente arredondadas. Completando o visual retrô, o farol também é redondo, assim como os instrumentos do painel em dois relógios de leitura analógica.
A parte moderna da Kawasaki Z 650RS fica por conta da tela em LCD entre os dois relógios no painel, com indicador de pilotagem econômica, a iluminação em LED e as rodas de liga leve com aros de 17 polegadas (embora simule rodas raiadas), além do escape de saída curta e baixa. Daí a mistura retrô moderna. A parte técnica igualmente tem os sistemas atuais. Entretanto, a eletrônica é bastante limitada.
Um dos itens mais tecnológicos da Kawasaki Z 650RS é a balança da suspensão traseira assimétrica. Do lado direito, é curva, como nas motos de competição. Do lado esquerdo, é reta, convencional. Tudo para abrigar a suspensão traseira mono, horizontal, com 130mm de curso e regulagens na pré-carga. Na dianteira, garfo não invertido, com tubos de 41mm de diâmetro e 125mm de curso.
Pilotamos a Kawasaki Z 650RS e revelamos os detalhes
A conjugação do banco a 800mm do chão, um guidão mais alto e não tão estreito e as pedaleiras em posição central determinam uma ergonomia extremamente confortável e relaxada. Embora o motor responda com energia, convidando para enrolar o cabo, em médias e baixas velocidades, como no trânsito, por exemplo, fica bem à vontade.
Os comandos são fáceis, com embreagem assistida e deslizante para o câmbio de seis marchas. A pilotagem é amigável e os freios, com duplo disco de 300mm de diâmetro e pinças de duplo pistão na dianteira não assustam. Na traseira, disco de 220mm com pistão simples. Ambos com ABS.
A reduzida distância entre-eixos de 1,40m (a Honda CB 650R, por exemplo, tem 1,50m) aumenta a agilidade, enquanto o peso já abastecida de 187kg não interfere, já que o banco e o encaixe no tanque permitem apoiar os pés nas paradas, sem stress. Tudo embalado por um quadro em aço com sistemas de treliça, que garante a rigidez para a hora em que se esquece do passado retrô moderno para “cutucar” a adrenalina.
Se o seu estilo são as motos estradeiras, o Téo já testou a Honda Goldwing. Confira!
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