A linha das motocicletas Kawasaki ganhou mais um integrante no Brasil. O modelo D-Tracker X 250 foi exibido pela primeira vez no Salão das Duas Rodas de São Paulo, em outubro de 2009. A nova motocicleta despertou bastante curiosidade, mas só agora chega às revendas. Ao contrário do modelo Ninja 250 produzido em Manaus, é importada. O interesse é fruto de tendência mundial, chamada Supermotard ou Supermoto. Trata-se de motocicletas do tipo fora de estrada adaptadas para uso nas cidades, normalmente identificadas pela letra X. A nova Kawasaki D-Tracker X 250 é uma delas.
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O projeto foi baseado no modelo KLX 250, de utilização mista, cidade e campo, que por sua vez foi inspirada nos modelos de cross KX da marca. Esta é uma prática comum entre as montadoras japonesas. Primeiro, produzem em uma única fornada, para abastecer todo o mercado, as motos de cross. Depois, adaptam seu uso para utilização mista, com mesmo quadro e motor amansado. Com as motocicletas do segmento Supermotard foi criada mais uma curiosa vertente: adaptar motos inicialmente estudadas e projetadas para o uso no fora de estrada para rodar nas ruas. Entretanto, esse tortuoso caminho tem razão de ser.
Praticidade
As motocicletas deste segmento têm bastante agilidade, guidão com ótimo ângulo de varredura, proporcionando manobras no trânsito engarrafado, suspensões de curso longo para enfrentar as irregularidades do piso, além de visual agressivo e diferente. Para se adaptar melhor no asfalto, as rodas de maior diâmetro das fora de estrada são substituídas por outras de diâmetro menor, de 17 polegadas, como nas superesportivas, com pneus igualmente esportivos. As rodas menores conferem ainda mais agilidade, deixando o modelo mais "arisco", especialmente em trechos sinuosos.
Outra curiosidade é que o segmento foi criado a partir de um desafio esportivo batizado de Guidão de Ouro. No fim do ano, os campeões das diversas modalidades esportivas do motociclismo tanto de asfalto quanto de terra faziam uma espécie de tira-teima para ver quem era o campeão dos campeões, em pista mista de asfalto e terra, utilizando motos adaptadas meio terra, meio asfalto, para não favorecer ninguém. Das pistas para as ruas, comercialmente foi questão de tempo. Hoje, esse tipo de competição, se tornou popular e é disputado em todo o Brasil, em pistas de kart, estacionamentos, etc.
Técnica
Outra característica das motos do estilo Supermotard são os freios superpoderosos. A Kawasaki D-Tracker X 250 conta com disco de 300mm de diâmetro na dianteira, com estilo wave, e disco de 240mm de diâmetro na traseira, também wave. As rodas são em alumínio, com raios convencionais. O tanque é de plástico e só comporta 7,7 litros, restringindo bastante a autonomia. O motor, do tipo quatro tempos, tem um cilindro, de 249cm³, duplo comando, quatro válvulas, injeção eletrônica de combustível (com válvula injetora de 10 furos) e refrigeração líquida. O câmbio é de seis marchas.
O propulsor fornece 22cv a 7.500rpm e torque de 6,09kgfm a 8.500rpm. Números compatíveis com motor deste porte. Mas o torque máximo em regime de rotação mais elevada exige esticar as marchas. O painel digital é completo, inclusive com relógio de horas e conta-giros. A suspensão dianteira é invertida, com tubos de 43mm de diâmetro e 230mm de curso. A suspensão traseira é mono, Uni-Trak, como nas motos cross da marca, em balança de alumínio, com 205mm de curso. Ambas reguláveis. O quadro é do tipo berço duplo em aço e o peso da moto abastecida é de 138kg. Preço: R$ 14.990.