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Honda XL 1000V Varadero - Na praia de gravata

Com motor de dois cilindros em V, porte avantajado e vocação para a estrada, o modelo também tem capacidade para encarar pequenas aventuras, por caminhos difíceis

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Foto:


Guarujá (SP)

Importada da Espanha, a Honda XL 1000V Varadero chega oficialmente ao Brasil a partir de setembro. Lançada em 1999, a big trail passou por um processo de modernização em 2007, ganhando compartimento porta-trecos (com chave na carenagem) e novos painel, ponteiras para o escape, banco e farolete. O nome é uma homenagem à praia mais famosa de Cuba, enquanto o motor (de 996cm³), do tipo V2, inclinado a 90 graus, com refrigeração líquida (radiadores laterais) e injeção eletrônica, foi herdado da superesportiva VTR 1000.

Trata-se de uma mistura projetada para fornecer velocidade e versatilidade, já que a porção fora-de-estrada do modelo permite trafegar por estradas com ou sem pavimento. Entretanto, a moto, que já foi classificada pela montadora como do tipo esporte-aventura, agora é chamada de big touring, pois a porção estradeira ficou ainda mais evidente. Para tanto, o pára-brisa pode ser regulado em duas posições (de 40mm), oferecendo maior conforto aerodinâmico. As pedaleiras ficaram mais largas, para mais comodidade em longas viagens, e as rodas de liga leve são calçadas com pneus esportivos (110/80-19 na dianteira e 150/70-17 na traseira).

Andando

Display digital no centro do painel (à esquerda) informa, entre outras coisas, a autonomia. Banco rebaixado acomoda pilotos de várias estaturas

Se, por um lado, o tamanho e o grande porte impressionam, por outro, também proporcionam maior status ao piloto. Porém, a Honda teve o cuidado de rebaixar o banco (para 838mm do chão), democratizando sua utilização para todo tipo de freguesia. A suspensão traseira é do tipo monoamortecida, com balança de alumínio e 116mm de curso, e tem até 40 regulagens na pré-carga da mola, em uma operação fácil e simplificada. Com a moto ajustada para o peso e altura do piloto, a condução fica mais fácil e também mais rápida.

O melhor, porém, vem na hora de acelerar. Os cacoetes da superesportiva ainda estão presentes, com os 95cv de potência (a 7.500rpm), mas as modificações no motor deixaram a Varadero mais musculosa, com um torque de 9,9kgfm (a 6.000rpm), proporcionando acelerações mais vigorosas e também mais prazerosas. A suspensão dianteira é que merecia algo mais que o garfo telescópico tradicional, com tubos de 43mm e 155mm de curso, sem regulagens.

Breques
Já os freios têm um dimensionamento que transmite bastante segurança. Na dianteira, existem dois discos (de 296mm), com pinças de três pistões, e, na traseira, um disco (de 256mm), assistidos pelo sistema ABS (de série), e DCBS (Dual Combined Brake System), que aciona as duas rodas simultaneamente, distribuindo a pressão. O painel é completo, com instrumentos circulares e tela digital, que inclui a informação de autonomia, quando a reserva é acionada (calculada conforme a memória, registrada pelo tipo de tocada do piloto). A chave tem sistema antifurto de série. O câmbio tem seis marchas e o peso (a seco) é de 241,5kg.

O visual é robusto, com tanque de 25 litros (quatro litros de reserva), o nome Varadeiro destacado em alto relevo, faróis duplos, escapes com ponteira em aço de saída alta e garupeira pronta para receber o bauleto. O quadro é em tubos de aço, com o motor fazendo parte da estrutura (Pivot-Less). A Honda espera comercializar 400 modelos até o fim do ano. As cores são vermelho e prata metálicos. O preço é US$ 28.064, convertido em reais no momento da venda (base São Paulo), sem incluir frete, seguro e óleo. Informações: (31) 3263-1777 e 2101-1833.

(*) Viajou a convite da Honda