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Honda PCX 125i - Cala quando para

Novo scooter global tem sistema que desliga o motor nos sinais, além de rodas aro 14 polegadas, injeção eletrônica, refrigeração líquida e confortável banco em dois níveis

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Em grande parte do mundo, especialmente na Ásia, as motocicletas e scooters vendem mais do que os automóveis. A lógica é simples. Baratas e econômicas, as motos e scooters são mais acessíveis, além de suprir as deficiências do transporte público e conferir agilidade no trânsito caótico. No Brasil, a lógica é invertida, com os automóveis vendendo mais do que as motos, exatamente como nos países ricos. Entretanto, esta estatística sinaliza o enorme potencial de crescimento das motos e scooters em nosso mercado, que apesar do revés sofrido com a crise do ano passado, é um dos principais do mundo e já mostra sinais de recuperação.

No planeta globalizado, a Honda apresentou, no ano passado, o scooter PCX 125i, que está sendo produzido em sua fábrica na Tailândia, para ser exportado para todo o mundo. Inicialmente para a Ásia, incluindo o Japão, Estados Unidos e Europa, onde está chegando a partir deste mês. A Honda está presente na Tailândia, grande consumidora de motos e scooters de baixa cilindrada, há cerca de 40 anos, estabelecendo uma certa semelhança com o Brasil. Desta forma, embora sem nenhuma confirmação, o novo scooter global da Honda, PCX 125i, vira um candidato natural a circular também em nossas ruas, nacionalizado, via Manaus, Amazonas.

Economia

O novo PCX 125i, equipado com motor de um cilindro e 124,9cm³, do tipo quatro tempos, tem refrigeração líquida e injeção eletrônica, que desenvolve 11,3cv a 8.000rpm e torque de 1,18kgfm a 6.000rpm, além de um interessante sistema de economia de combustível. Já presente em alguns automóveis, o sistema desliga o motor quando este fica por mais de três segundos em marcha lenta, sem tracionar. Como nos semáforos, por exemplo. Com o estratagema, a montadora promete uma economia de mais 5%, reduzindo o consumo para cerca de 50km/l. Quando o piloto gira o acelerador, o motor volta a roncar imediatamente.

Outra característica globalizada do novo scooter PCX 125i é o tamanho das rodas de liga leve. Os aros são de 14 polegadas, maiores do que os dos scooters tradicionais, para enfrentar melhor as irregularidades do piso de qualquer pavimentação. Em países com boa malha viária, nenhum problema. Porém, em locais, mais rústicos, o PCX também é capaz de circular com mais desenvoltura. Para brecar, mais uma colaboração da tecnologia. Na dianteira, um freio a disco com 240mm de diâmetro e na traseira, tambor com 130mm de diâmetro, interligados pelo sistema de frenagem simultânea. Ao acionar o freio dianteiro, automaticamente o traseiro também
funciona.

Com o sistema Start/Stop, o consumo do PCX diminuiu em 5% e chega a 50 km/l



Essência

O novo scooter Honda PCX 125i mantém a essência do segmento. O câmbio é automático, do tipo CVT, bem como a embreagem, facilitando a pilotagem, especialmente nas grandes cidades com trânsito lento. Para o transporte de pequenas cargas, existe um porta-objetos no escudo frontal, além de um porta-malas sob o banco, fechado com chave, com espaço para um capacete do tipo integral, ou 26 litros. A deficiência fica por conta do vão central, quase inexistente, o que dificulta a operação de embarque e desembarque, corriqueiras nos deslocamentos urbanos, e também para o público feminino que usa saias.

A suspensão dianteira é do tipo convencional, telescópica, com tubos de 31mm de diâmetro e 100mm de curso. A suspensão traseira tem dois amortecedores, com 75mm de curso. O painel é completo, com tela de cristal líquido, e o tanque de combustível comporta 6,2 litros. O peso, quando abastecido, é de 124kg. Como veículo essencialmente urbano, tem outra comodidade. Está equipado com descanso lateral e central, facilitando o estacionamento. O visual, com grande farol dianteiro e para-brisa, segue a tendência estabelecida pela nova motocicleta sport touring VFR 1200F, igualmente recém-lançada. O banco tem dois níveis e conforto para piloto e passageiro.