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Honda CG 2009 - Veteranas em forma

Novo visual moderniza a 150 Titan, que passa a ter injeção eletrônica, e a 125 Fan, que ganha também versão com partida elétrica, mas mantém o obsoleto carburador

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Titan 150 é equipada com injeção eletrônica

De Indaiatuba (SP) - sétima geração da campeã de vendas do mercado brasileiro CG 150 Titan, lançada em 1976, ainda com motor de 125 cm³, e um acumulado de 5,2 milhões de unidades vendidas, mudou totalmente, não deixando pedra sobre pedra, em sua versão 2009. Adotou novo visual, baseado na Hornet 600, com direito a minicarenagem, quadro, com peso ligeiramente reduzido, farol e farolete (com setas integradas), painel, escape com catalisador, posição de pilotagem melhor e, principalmente, a injeção eletrônica de combustível, aposentando o carburador.

O modelo de entrada, CG 125 Fan, também passou pela reforma, com quadro, laterais, banco e rabeta semelhantes, mas o farol continua redondo e o motor, carburado. Entretanto, o veterano e indestrutível, mas jurássico motor com comando de válvulas por vareta, OHV, preferido pela maioria dos profissionais do guidão, foi substituído por um moderno OHC (derivado da nova CG 150 Titan), com comando de válvulas roletado e no cabeçote, acionado por corrente. Uma revolução, que determina o fim de uma era, de 32 anos, do modelo considerado o "Fusca" das motos.

Titan 150
Lançada em 2004, como sexta geração, inaugurou a motorização de 150 cm³, que agora recebe injeção eletrônica e catalisador dentro do escape em aço, com protetor cromado, por causa das exigentes normas ambientais brasileiras (Promot 3) que vão vigorar a partir de 1º de janeiro de 2009. As restrições alteraram o comportamento do motor, cuja potência permanece inalterada (14,2 cv), mas faixa de rotação subiu de 8.000 rpm para 8.500 rpm. Já o torque diminuiu de 1,35 Kgfm a 6.500 rpm para 1,32 Kgfm a 7.000 rpm.

Segundo a fábrica, as alterações geraram mais força em baixas rotações, situação mais comum na cidade, por exemplo, proporcionando uma economia de até 8,5%. Para manter o pique em rotações mais elevadas, a 4ª e 5ª marchas foram encurtadas, o que poderá aumentar o consumo. Na prática, andando na pista de testes da Honda, sem trânsito e subidas, as diferenças não ficaram tão evidentes. Grande é a diferença no visual e, principalmente, no comportamento dinâmico e na posição de pilotagem.

Motor 125 permanece com carburador, mas escape tem catalisador enorme


Fan 125
As pernas se encaixam melhor no tanque, que teve a capacidade aumentada de 14 para 16,1 litros, o banco em dois níveis é mais anatômico, e a fixação da suspensão dianteira recuada em 10mm deixa a moto mais ágil e confortável. A mesma ergonomia foi adotada na CG 125 Fan (lançada em 2005 com motor "varetado" para os que ainda desconfiavam da modernidade), que agora ganha novo motor e grande catalisador no início do escape, em que a potência diminuiu de 12,5 cv a 8.250 rpm para 11,6 cv na mesma rotação. O torque, porém, foi de 1,02 Kgfm a 7.000 rpm para 1,06 Kgfm a 6.000 rpm.

Como o torque aumentou e aparece mais cedo, a sensação de mais força é melhor percebida. Para compensar, alongaram a relação de marchas, o que segundo a fábrica proporciona até 6,4% de economia. A nova Fan também ganhou a versão ES, com partida elétrica. A versão KS tem preço sugerido, base São Paulo, sem frete e óleo, de R$ 5.140; a ES, de R$ 5.590. A nova CG 150 Titan KS tem preço sugerido de R$ 6.040; a ES, de R$ 6.590. Já a ESD, com freio a disco dianteiro de duplo pistão, chave com sistema antifurto shutter-key e câmara traseira com sistema antifuro, tem preço sugerido de R$ 6.990.

(*) Viajou a convite da Honda