A linha de motos superesportivas CBR é importada do Japão, diretamente pela Honda Brasil, desde 1996. A maior delas (o modelo CBR 1000RR, versão 2007) já está à venda na rede credenciada das importadas da marca e ganhou o pomposo sobrenome de Fireblade (lâmina de fogo). O modelo vem evoluindo, seguindo as tendências mundiais entre as motos do segmento, de redução de peso, centralização e rebaixamento das massas, além do aumento da potência.
Com esse arsenal, a pilotagem vai ficando cada vez mais suave e progressiva, graças também à evolução da eletrônica embarcada e ao desenvolvimento da ergonomia. A Fireblade surgiu em 92 com motor de 900cm³, que exigia pilotagem quase profissional. Depois, a cilindrada aumentou para 929cm³, em seguida para 954cm³ e até chegar a 998cm³. Apesar do aumento do motor, o manejo foi ficando cada vez mais fácil, permitindo ?brincar com fogo? e democratizar seu uso também por pilotos de rua.
Acelerando
Pegando carona na grande exposição do Mundial de Moto GP, a Fireblade tem visual nitidamente inspirado na RC 211V, campeã da categoria em 2006, com o piloto Nicky Hayden. A posição de pilotagem é esportiva, com o corpo avançado e as pernas dobradas, para atacar e enfrentar as curvas. Para facilitar o trabalho, vem com amortecedor de direção eletrônico HESD, desenvolvido nas pistas, que deixa o guidão mais firme, conforme a velocidade, neutralizando as vibrações.
Outra ajuda cibernética vem da injeção eletrônica de duplo estágio do motor de quatro cilindros em linha, que explica em parte, sua maior progressividade. São duas válvulas (bicos)injetoras por cilindro. O primeiro funciona sozinho até os 5.500rpm, quando o segundo também entra em funcionamento, como uma espécie de turbo. Assim, os 171,3cv a 11.250rpm, e o torque de 11,7kgfm a relativamente baixos 8.500rpm podem ser melhor explorados, tanto em condução radical quanto em pilotagem mais domingueira.
Vocação
A nova CBR 1000RR Fireblade manteve quase todas as especificações do modelo 2006, quando passou por reforma mais ampla, mas o ângulo da suspensão dianteira foi levemente encurtado, deixando o modelo ligeiramente mais ágil nas curvas e também mais arisco. A suspensão dianteira tem garfo com tubos de 43mm de diâmetro invertidos e 120mm de curso, enquanto a suspensão traseira, com monoamortecedor e balança em alumínio, tem curso de 133mm.
Os freios dianteiros acompanham a performance do motor, transmitindo segurança para acelerar ainda mais. São dois discos com 320mm de diâmetro, com acionamento hidráulico, mordidos por pinças de quatro pistãos. Na traseira, há um disco simples de 220mm. O quadro é em alumínio, com arquitetura de dupla trave lateral. O painel tem conta-giros analógico e tela digital. O escape dispõe de saída alta única, com ?marmita? (abafador) sob a rabeta. O peso a seco é de 179kg. O preço é de R$ 61 mil. Informações: (31) 2101-1833 e 3263-1777.