A Honda do Brasil finalmente resolveu atualizar o modelo Hornet 600 completamente obsoleto no Brasil. A nova motocicleta será vendida entre março e abril, com o renovado pacote técnico que equipa sua mais recente versão, que inclui a injeção eletrônica do motor, aposentando definitivamente o carburador, que teimava em continuar vivo no mercado nacional, que aceita quase tudo.
Lançada no fim da década de 1990, a Hornet, com estilo naked (pelada), pediu emprestado o motor de quatro cilindros em linha da superesportiva CBR 600 RR, ano 1997, que teve adaptações, para se adequar ao novo segmento. Esse mesmo modelo, com motor propositalmente à mostra, farol redondo e escape de saída alta, passou a ser comercializado no Brasil a partir de 2004, enquanto na Europa, por exemplo, foi recebendo modernizações de estilo e de motor.
Plástica
As alterações de visual incorporaram pequena carenagem no farol em 2005. Logo em seguida, em 2006, o farol deixou de ser redondo, passando para o formato assimétrico. Em 2007, a Hornet 600 mudou radicalmente, equipada com outro motor, dessa vez herdado da CBR 600 RR 2007, para dar um salto de 10 anos, adotando também a injeção eletrônica de última geração e novo visual muito mais radical, que inclui farol, farolete, painel e escape, agora com saída baixa e curta, seguindo a atual tendência mundial.
O mesmo modelo será vendido no Brasil para substituir a superada e desatualizada Hornet. O modelo 2008 conservou as mesmas características técnicas do renovado modelo 2007, alterando apenas a cartela de cores. Assim, a atualização da Hornet, que segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricante de Motocicletas (Abraciclo), detém 0,3% do mercado nacional, com 4.192 unidades vendidas em 2007, vai corrigir essa distorção, que não ficava nada bem para uma montadora, que tem no Brasil um de seus principais mercados.
Técnica
A nova Hornet foi projetada pela filial italiana, com aprovação da matriz japonesa, para ser vendida no mundo. O motor, que conserva a arquitetura de quatro cilindros em linha, com refrigeração líquida, injeção eletrônica e 16 válvulas, fornece 102 cv a 12.000 rpm (5,5 cv a mais que a versão anterior), e torque de 6,35 kgfm a 10.500 rpm. Além disso, o peso foi reduzido de 178 kg para 173 kg a seco, proporcionando melhor relação peso/potência e desempenho.
O novo escape de saída baixa, pela direita, concentrou as massas e rebaixou o centro de gravidade. O abafador, entretanto, teve de ser deslocado para o outro lado, por absoluta falta de espaço. O quadro agora é de alumínio, assim como a balança da suspensão traseira, mono, com 128 mm de curso. A suspensão dianteira é telescópica com tubos de 41 mm e 120 mm de curso. Os freios são a disco com opcionais ABS e CBS, de frenagem combinada. O tanque tem 19 litros, o câmbio seis marchas, e a chave, sistema antifurto. O preço ainda não foi fixado.