Projetada pela filial italiana, com a bênção da matriz japonesa, a Honda Hornet 600, nascida em 1998, ganhou o mundo e também o Brasil, onde desembarcou em 2004, nacionalizada em Manaus. De lá para cá, passou por reestilizações em 2003, 2005 e 2007, esta última mais radical, que resultou na sua quarta geração. Em nosso mercado, porém, o modelo comercializado ainda era o original, da primeira geração.
Para corrigir essa infeliz distorção, foram necessários quatro anos, mas a Honda resolveu descontar o atraso e finalmente disponibiliza para o mercado brasileiro, em abril, a última geração do modelo. O lançamento oficial foi na quarta-feira, durante apresentação no autódromo do Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), em Piracicaba (SP). Serão duas versões: uma básica, comercializada a partir de abril, e outra com opcional de freio antitravamento ABS e CBS, que distribui e equaliza a frenagem nas duas rodas. Essa versão estará disponível a partir de maio.
Radical
As mudanças, especialmente em relação ao modelo brasileiro, foram radicais, não ficando pedra sobre pedra. O banho de loja começa pelo motor, com 599 cm³, quatro cilindros em linha e refrigeração líquida, que foi herdado da superesportiva CBR 600 RR, com as devidas alterações para o segmento. A potência subiu de 96,5 cv para 102 cv a 12.000 rpm, e o torque passou para 6,53 kgfm a 10.500 rpm. Entretanto, a maior novidade é a adoção da injeção eletrônica de combustível, que aposentou o carburador da antiquada versão brasileira.
Com isso, a nova Hornet 600 passa a ser a primeira moto Honda fabricada em Manaus com o sistema. Um privilégio que deveria ser rotina. O novo motor também ficou mais compacto e 8% mais leve. A redução de peso é notada também no quadro, totalmente novo, com estrutura em alumínio fundido, que centraliza e rebaixa as massas. Em alumínio também são as rodas de aro 17 polegadas e a nova balança da suspensão traseira, 39,1 mm mais longa, aumentando também o entre-eixos em 15 mm.
Visual
O desenho também foi radicalmente modernizado. O estilo naked foi conservado, mas o escape em vez de saída alta tem ponteira baixa, triangular e curta, seguindo a tendência mundial, ajudando no rebaixamento e centralização das massas. O abafador (como um torpedo), por falta de espaço, foi para o lado oposto. O novo farol, bicudo, tem formato triangular, com duas lâmpadas (facho alto e baixo) e uma pequena carenagem. O farolete traseiro tem leds.
O tanque, com capacidade de 19 litros, também tem novo desenho, assim como o banco e o painel com tela digital, conta-giros analógico e sistema antifurto na chave de ignição. A suspensão dianteira é invertida, com tubos de 41 mm e 120 mm de curso. A traseira é mono, regulável, com 128 mm de curso. O freio dianteiro tem dois discos de 296 mm e o traseiro um disco, de 240 mm. O câmbio tem seis marchas e o peso a seco é de 173 kg para a versão básica e 177 kg para a com ABS/CBS. As cores são: vermelho metálico ou preto. O preço sugerido, sem frete, seguro e óleo, é R$ 30.837 (básica) e R$ 33.137 (com ABS/CBS). Informações na rede autorizada.