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Harley-Davidson Dyna FLD Switchback - Camaleão na fila

Com a versatilidade de bolsas laterais e para-brisa removíveis, modelo 2012 vai carimbar o passaporte para o Brasil

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A centenária americana Harley-Davidson pôs os dois pés no Brasil, assumindo as operações no país, depois da rescisão judicial do contrato com o antigo representante. A ampliação da rede de concessionárias e o foco no pós-vendas são algumas das prioridades, juntamente com o aumento da oferta de novas motocicletas. O novo modelo da família Dyna, batizado de Switcback, lançado em julho no estado de Utah, Meio-Oeste dos Estados Unidos, entrou na fila para desembarcar no Brasil, compondo a linha nacional. O novo modelo, classificado como custom touring, tem como característica a fácil remoção das bolsas laterais e do para-brisa, podendo ser usada nas cidades e nas estradas durante o fim de semana.

O estilo camaleão, com dupla personalidade – cidade e estrada –, permite maior versatilidade e uma gama maior de potenciais consumidores, inclusive brasileiros, já que pode assumir a responsabilidade do transporte urbano e no dia seguinte encarar longas viagens, com a instalação das bolsas laterais, equipadas com fechaduras, com mesmo segredo da chave de ignição e capacidade para 13,6kg cada uma. Além disso, conta com amplo para-brisa, que a marca promete ser descomplicada, prática e manual instalação e retirada. O problema para tanta facilidade e comodidade, principalmente para a remoção, vai ser combinar com os amigos do alheio.

ADAPTAÇÕES Para facilitar a tarefa de rodar na cidade, com um modelo de avantajadas dimensões e volume, a Harley-Davidson providenciou um regime de cerca de 48kg, além do rebaixamento do banco. Apesar de não ser exatamente a sua praia, confere um pouco mais de agilidade. No processo de lipoaspiração, a nova Dyna Switchback adotou rodas em alumínio fundido de cinco raios, com aro de 18 polegadas na dianteira e 17 polegadas na traseira. De um lado, reduziu o peso, mas de outro, produziu conflito de estilos, entre o moderno e o clássico, como sugerem os cromados do longo escape, os para-lamas envolventes e o grande farol arredondado.



O motor segue a tradicional receita da marca, com dois cilindros em V, inclinados em 45 graus e equipado com injeção eletrônica e refrigeração a ar. O modelo para o mercado americano é equipado com o propulsor batizado de Twin Cam 103 (polegadas cúbicas), ou 1.690cm³, que desenvolve 103cv e torque de 12,8kgfm a apenas 3.500rpm. Uma evolução do motor batizado de Twin Cam 96 (polegadas cúbicas), ou 1.584cm³, que, porém, deve ser o utilizado na versão brasileira, que será apresentada durante o Salão das Duas Rodas, realizado em São Paulo, no pavilhão do Anhembi, entre 4 e 9 de outubro.

FREIOS


A adoção do motor Twin Cam 96, tecnicamente inferior ao Twin Cam 103, tem como justificativa a redução de preço e uma maior competitividade do modelo. Visualmente, praticamente não há diferenças, que, entretanto, o piloto pode sentir na performance. Para minimizar, o câmbio tem seis marchas, com a última bem longa, estilo over drive, que permite rodar nas estradas com maior velocidade, em baixos giros, economizando combustível. Seguindo a tendência de toda a sua linha, o novo modelo pode ser equipado opcionalmente com sistema de freios ABS. Na dianteira, apenas um disco, assim como na roda traseira.

O peso, apesar do regime, é de 320kg, Para facilitar o processo de circulação no trânsito, o banco, em dois níveis, fica a 663mm do chão. Além disso, o ângulo da suspensão dianteira, que tem sistema telescópico tradicional e 98mm de curso, foi desenhado para favorecer a agilidade na condução. A suspensão traseira, com dois amortecedores a gás, tem apenas 54mm de curso, que vão sofrer em nossas atapetadas ruas e estradas. Para os pés, a Switchback conta com plataformas no melhor estilo custom para viagens. O guidão também foi projetado para oferecer conforto. O quadro é em tubos de aço, com berço duplo.