A versão Grand Tour da Ducati Multistrada V4 S incorpora de série vários itens até então oferecidos como opcionais ou acessórios ao modelo V4 S, além de adicionar outros. O visual também ganhou pintura e decoração exclusivos. O pacote de fábrica transforma o novo modelo Multistrada V4 S Grand Tour em uma aventureira para longos percursos, com notável repertório de comodidades e conforto.
A Ducati Multistrada V4 S já é comercializada oficialmente em nosso mercado e a versão Grand Tour (lançada em 19 de setembro, inicialmente na Europa) também será, embora sem data prevista. O motivo é prosaico. A disputa entre as chamadas big e maxi trail é uma das mais tecnológicas e acirradas do mundo. Incluindo o Brasil, importante consumidor do segmento, apesar dos altos valores.
A linha Multistrada da italiana Ducati comemora 20 anos, inaugurada em 2003 com os tradicionais motores de dois cilindros em L da marca, com o célebre comando desmodrômico. A Ducati Multistrada V4 S dobrou a bancada com motor de quatro cilindros em V, também utilizado pela superesportiva Panigale V4 S e a naked Streetfighter V4 S, porém, com outros ajustes. A Ducati Multistrada V4 S Grand Tour segue este mesmo conceito.
Usina de força
Com 1.158cm³, o motor de quatro cilindros em V, arrefecido a líquido, com peso de apenas 66,7kg, entrega 170cv a 10.500rpm e torque de 12,7kgfm a 8.750rpm. Com tecnologia vinda das pistas do Mundial de MotoGP, tem contrapesos que giram no sentido oposto ao movimento das rodas, reduzindo os efeitos da inércia giroscópica, deixando tudo mais redondo.
O problema é que o V4 também gera muito calor. Para reduzir o sofrimento do piloto, a Grand Tour tem aletas reguláveis que desviam o ar quente das pernas (e partes baixas) do condutor. A eletrônica também ajuda na condução. A central de medição inercial (IMU) gerencia os modos de pilotagem, sistema de freios ABS de curvas (duplo disco de 330mm com pinça Brembo radial de quatro pistões na dianteira e disco de 265mm na traseira), o controle de tração, o controle de empinadas, as luzes de curvas (acendem conforme a inclinação da moto) e o controle de arrancadas em subidas.
Controla também a sofisticada suspensão semiativa Marzocchi Skyhook, que percebe as irregularidades do solo e ajusta o garfo invertido dianteiro ( 50mm de diâmetro e 170mm de curso) e o sistema mono traseiro (180mm de curso) automaticamente. Também percebe o peso (piloto, piloto e garupa ou piloto, garupa e bagagem) e nivela a altura. Outro item genial é que a pré-carga do amortecedor traseiro pode ser aliviada, com regulagem mínima, reduzindo a altura da moto na hora de parar.
Radar adaptativo
Na estrada, a Ducati Multistrada V4 S Grand Tour tem radar adaptativo ligado ao piloto automático (cruise control). Se o alvo à frente (um carro, por exemplo) reduz a velocidade, o radar capta e a moto também reduz, voltando a acelerar depois.
Também tem alerta de ponto cego, tornando a viagem mais segura. O quadro é do tipo monocoque em alumínio, com sub-quadro em treliça de tubos de aço. A balança da suspensão traseira é em alumínio. Também na segurança, tem faróis auxiliares em LED e controle da pressão dos pneus. Entre as comodidades tem punhos e banco do piloto e passageiro aquecidos, chave inteligente, abertura da tampa do tanque (22 litros) sem as mãos e o sistema Easy Lift, que facilita (via suspensão eletrônica) armar o cavalete central.
As rodas da Ducati Multistrada V4 S Grand Tour são em liga leve, com aro de 19 polegadas na dianteira (meio termo entre asfalto e terra) e 17 polegadas na traseira. O painel tem tela colorida em TFT com 6,5 polegadas de diâmetro e conectividade ao smartphone, que fica em compartimento refrigerado (com tomada USB) para evitar aquecimento. Outra comodidade é o quick shift de duas direções para trocar as marchas, sem utilizar a embreagem, e o guidão com nova fixação mais alta. O visual tem pintura única e exclusiva. O banco tem acabamento com gráficos dedicados e as malas laterais de série, na cor da moto, comportam 60 litros de volume.
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