A visão é responsável por 90% de todas as informações processadas pelo piloto no tráfego. Parado em um sinal, olhando para a frente, a visão consegue perceber uma área de cerca de 200 graus, que vai quase de orelha a orelha. É a visão periférica, muito importante para a segurança. Existem algumas limitações, impostas até pelo formato do capacete. Entretanto, com o aumento da velocidade, existe uma tendência de focar mais no que está mais à frente. É como se entrássemos em um túnel, que vai ficando mais estreito na mesma proporção do aumento da velocidade.
Trata-se da diminuição da visão lateral, uma reação natural do cérebro, "preocupado" em antever o que vem pela frente, para uma possível atitude defensiva. A uma velocidade de 40 km/h, por exemplo, o ângulo de visão se concentra em uma faixa de cerca de 100 graus. A 70 km/h, o ângulo de visibilidade fica ainda mais estreito, caindo para cerca de 65 graus. A 100 km/h, a angulação fica reduzida para cerca de 45 graus. Dessa forma, em velocidades mais elevadas, além de prestar atenção à frente, é necessário movimentar os olhos, ou a cabeça lateralmente de vez em quando, além de consultar os espelhos, para cobrir a área que ficou "cega".
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